Perspectivas para o Ano Novo
Final de ano. Hora de balanço, mas sobretudo, momento de reflexão sobre o fascinante futuro. Como será 2023?
Final de ano. Hora de balanço, mas sobretudo, momento de reflexão sobre o fascinante futuro. Como será 2023? Como sempre, nada fácil inventar o futuro. Joelmir Beting dizia: Os economistas são
muito bons para explicar o passado e prever o futuro; difícil, mesmo, é explicar o presente. As nuvens estão carregadas e a instabilidade está na moda. Previsões sombrias de organismos internacionais,
guerra na Ucrânia, covid ameaçadora- em especial na China-, novo governo federal e estadual, etc...
A nível mundial, os analistas preveem uma leve recessão nos EUA, Europa e China, movida por elevadas taxas de juros e um recrudescimento da covid nesta última. No Brasil, o “mercado” estima que em 2023, nosso PIB vai crescer entre 0,7 a 1,4%, ou seja, novo crescimento medíocre, marca de nosso último decênio. Estamos saindo de uma política econômica claramente neoliberal e voltando a social democracia.
E o nosso estado, como fica?
A nível estadual, o nosso Piauí verá a repetição do que já aconteceu anteriormente: PT no comando federal e estadual. Perspectivas de entrosamento, investimentos e facilidades. Mas isto vai acontecer? Anteriormente, houve clara decepção aqui no Piauí; a expectativa superou muito a realidade. E agora?
Com Lula presidente, a melhoria na condição social dos mais pobres foi evidente. Surgiu “ a nova classe média”. O aumento do valor real do salário mínimo, garantindo poder de compra da maioria
dos aposentados teve impacto incomensurável, particularmente na zona rural do Piauí, onde concentra-se a maior parte da pobreza.
A espetacular votação de Lula em nosso Estado foi claro reflexo daquela política. Duas de nossas locomotivas vão continuar puxando nosso comboio. A expansão da área cultivada e da produtividade da soja/milho continuarão a ganhar espaço na composição da renda estadual.
As energias renováveis também continuarão ganhando espaços crescentes na formação do PIB estadual. Lastimável, no entanto, que ambas atividades colaborem pouco com a melhoria das condições vividas pelas populações locais. Pouco emprego, pouco imposto. Apesar dos riscos sou otimista, como todos os flamenguistas. Feliz novos dias pra todos.