Direto ao Ponto

O paraíso e o inferno

As promessas eleitorais vão enfrentar a realidade.

22 de agosto de 2022 às 11:41
2 min de leitura

Aleluia! A campanha eleitoral começou oficialmente e, junto com isso, brotam as promessas e compromissos.

Se a procura é pelo voto, trata-se de um processo de sedução: cada candidato utiliza suas armas. Esperança! Correção de rumos! Felicidade!

É na maré do otimismo e da confiançaque a pesca se realiza. Na maré baixa, a canoa encalha.

É como o “filósofo” Mão Santa parafraseava constantemente:“O otimista pode errar, o pessimista já nasce errado”.

O inferno é logo depois da curva

Urna EletrônicaFoto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil

No entanto, o vento está soprando em outra direção. O horizonte de 2023, momento em que os candidatos tomarão festivas posses, está carregado de pesadas nuvens.

No cenário internacional, as perspectivas não são nada animadoras. Os analistas de plantão apostam em crescimento econômico medíocre em nosso planeta.

Por outro lado, nocenário nacional, as previsões não são menos turvas. Vários fatores explicam o mau humor dos analistas, mas aqui se destacam dois deles:

  1. Elevadíssima taxa de juros, baseada na SELIC.

A elevação dos juros é um remédio universal (apesar de fortes controvérsias) de combate a tendências inflacionárias. O problema é que remédios provocam efeitos colaterais e, no nosso caso, os tais efeitos inibem os investimentos e elevam o serviço da dívida pública federal (as pesadas prestações que pagamos em função de nossa forte dívida interna).

  1. Piora do quadro fiscal brasileiro dificulta possibilidadesdosetor público investir ou estimular o desenvolvimento econômico.

O quadro é de clara instabilidade e o momento eleitoral só agrava o quadro.

Depois da eleição, não raramente impõe-se a comparação entre a realidade e promessas.O sabor da decepção ganha espaço, mas sonharé preciso.Sem sonhos, a vida fica muito chata.

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