O caso SHEIN: como as coisas mudam em uma semana!
No início deste mês de abril, as marketplaces internacionais foram alvo de forte polêmica em nosso país.
Vivemos tempos de profunda instabilidade.
No início deste mês de abril, as marketplaces internacionais foram alvo de forte polêmica em nosso país. Elas estariam burlando as regras do paísao exportar mercadorias para o Brasil, simulando realizar transferências de pessoas a pessoas, dentro do limite de 50 dólares.As redes varejistas brasileiras “chiavam” alto contra esta concorrência desleal. Diante da gritaria, as autoridades prometeram uma rápida resposta, acabando com a isenção para tais operações.
Para se ter noção da dimensão que o malandro comércio eletrônico alcança no Brasil, é interessante considerar que somente aSheine aShopee– a título de galpões logísticos – ocupam em nosso país, área equivalente a 30 campos de futebol.
Mas o vento muda e as coisas mudam. Diante da situação, representantes da Shein reuniram-se com o ministro da fazenda – Fernando Haddad – as velas se alteraram e o barco mudou de direção. Numa reviravolta surpreendente, foi anunciado que a Shein irá instalar-se no país, investindo R$ 750 milhões e criando 100 mil empregos ao longo dos próximos 3 anos.
A empresa anunciou que vai produzir 85% dos seus produtos em território brasileiro. Dessa forma, os chineses passam a encarar o Brasil como uma economia de produção, ao invés de um mercado meramente consumidor. Indagado sobre o comportamento das demaismarketplaceschinesas, como aShopeee aAliexpress, Haddad afirmou que o país está aberto a conversações com elas também.
O CEO daSheindetalhou o processo de implantação em território brasileiro. Serão feitas parcerias com cerca de duas mil pequenas empresas que receberão investimentos com a finalidade de modernizar sua produção, através de treinamento e tecnologia.
A promessa é de novos tempos. E a concorrência brasileira como fica agora? Vamos aguardar novos capítulos. A novela será longa e envolve muitos interesses.
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