Direto ao Ponto

E a tal inflação?

Para onde vamos em 2023? O primeiro erro de Lula.

11 de novembro de 2022 às 13:37
2 min de leitura

Após 3 meses seguidos de redução – chamada de deflação – as garras do dragão voltaram a mostrar força. Em outubro, segundo o IBGE, a inflação registrou uma elevação de 0,59%. Desta forma, anualizando, ou seja, tomando os últimos 12 meses, temos uma inflação acumulada de 6,47% em nosso país.

Dragão da inflação.Arte: Nando Detta

O resultadoé bem razoável, se o compararmosas demais economias mundiais. Nos EUA, por exemplo, recentes estimativas apontam para uma inflação anual na casa dos 8%, superior, portanto, a nossa taxa, algo raríssimo na história recente.

Os alimentos pressionam

Dentre os grupos monitorados pelo IBGE, 2 deles inverteram a tendencia recente e voltaram a subir. O grupo dos alimentos – extremamente relevante para as pessoas de menor renda – registrou-se um crescimento de 0,72% em outubro, com destaque para a batata inglesa (23,26%) e o tomate (17,63%).

Os grupos de saúde e cuidados pessoais (1,16%) e transportes (0,58%) também impactaram a inflação no país.Para 2022, o Banco Central brasileiro estimava um teto máximo inflacionário de 5%. Em suma, apesar de nossas altas taxas de juros, mais uma vez estaremos estourando o teto previsto.

O que pode se esperar para 2023?

As atuais discussões sobre o orçamento federal para 2023 e a PEC de transição estão sinalizando como será o próximo ano, o nível de responsabilidade fiscal do próximo governo e a inflação futura.O presidente Lula tem afirmado que devem ser separados gastos de investimentos. Engano do futuro presidente. Investimentos são gastos, sim, que se diferenciam dos chamados gastos correntes, por gerarem expectativas ao impactarem as áreas onde são aplicados. Mas são gastos, desembolsos, senhor presidente.

Investimentos não podem estar fora do controle. Eles impactam igualmente o nível de preços, apesar de sua intenção de médio e longo prazo ser diferente dos gastos correntes – manutenção das atividades.Para finalizar, nada é mais amargo para as classes mais pobres, do que a perversa inflação. São elas, as mais atingidas.

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