Como pagar as promessas?
A campanha política e as promessas chegaram, mas será que existe “bala na agulha” para enfrentar as consequentes despesas?
Os Governos Estaduais, como o piauiense, têm – em resumo – 3 fontes de renda. São eles os recursos próprios, transferências federais e empréstimos.
Os recursos próprios são tragados pela folha de pagamento dos servidores e as despesas básicas de manutenção. Pouco sobra para a realização de investimentos.
As transferências federais são, em boa parte, dirigidas para setores específicos e estão minguando, como reflexo da crise fiscal do Governo central. Em consequência, não deverá haver muito espaço para o financiamento de investimentos do Governo do Piauí.
Finalmente, têm-se os empréstimos (operações de crédito). Este é o caminho, não há alternativas e esta opção já ocupa crescente espaço nos últimos anos.
As possibilidades em operações de crédito, nacionais e internacionais, são grandes. O Piauí tem enorme capacidade de pagamento e o futuro governo – seja ele qual for – terá que ser muito competente e ágil nesta área.
Não há tempo a perder, pois as operações de crédito levam muitos meses, ou mesmo anos, até a efetiva liberação dos recursos. A questão do endividamento estadual está ganhando importância.
Apesar da pouca compreensão de parte da imprensa local que confunde dívidas estaduais com dívidas pessoais. Abrir mão das operações de crédito seria um ato de grande tolice e suicídio político de nossos futuros governantes, pois não há opções relevantes.