Polícia pede que perfis de Ana Azevedo sejam retirados das redes sociais

Polícia Civil demonstrou a propagação do conteúdo de apologia ao crime organizado, incluindo a ostentação de armas de fogo.

A Polícia Civil do Piauí solicitou à Justiça a derrubada dos perfis das redes sociais da "influenciadora" Ana Azevedo, presa no âmbito da Operação Draco 210: Faixa Rosa, deflagrada pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) em 30 de abril, com o objetivo de desarticular um núcleo feminino envolvido na facção criminosa Bonde dos 40, que atuava em várias regiões de Teresina. 

 

Ana Azevedo. Foto: Colagem Lupa1/Reprodução-Redes Sociais

De acordo com as investigações efetuadas pelo departamento, foi evidenciada a existência de uma estrutura criminosa bem organizada, com hierarquia definida, comunicação codificada, e um grupo no WhatsApp chamado “A LUTA NÃO PARA”, em que foram identificados os alvos e suas respectivas fichas cadastrais dentro da organização criminosa Bonde dos 40.

Na representação, a Polícia Civil demonstrou que todas as investigadas propagam conteúdo de apologia ao crime organizado em seus perfis nas plataformas digitais, além de enaltecer a facção criminosa demonstrando poder realizando ameaças a membros de facções rivais e até ostentando armas de fogo.  

Influencers do Crime

Após o registro de diversos casos no Piauí entre 2023 a 2025, envolvendo mulheres com milhares de seguidores nas redes sociais investigadas por envolvimento com o crime organizado, tráfico de drogas e diversos outros crimes, a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), emitiu um alerta à população sobre o uso plataformas digitais para a propagação do crime organizado através das  “influencers do crime”.

 

Ana Azevedo. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Segundo as investigações da Polícia Civil, essas influenciadoras, que chegam a somar mais de meio milhão de seguidores, além de ostentarem diariamente uma “vida luxuosa” incompatível com suas rendas declaradas e a divulgação de jogos de apostas ilegais, também fazem apologia ao crime organizado, exibem armas, propagam símbolos de facções e ameaçam rivais, com aparência de “conteúdo comum”.