Ministério Público denuncia Ana Azevedo e namorado após Operação Faixa Rosa

Casal foi preso durante a operação Operação Faixa Rosa que cumpriu um mandado de busca e apreensão em sua residência localizada na Vila Dagmar Mazza.

O Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI) apresentou uma denúncia contra a "influenciadora" Ana Azevedo presa no âmbito da Operação Faixa Rosa, deflagrada pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), em 30 de abril deste ano, e seu namorado, Victor Rangel, pelos crimes de posse irregular de arma de fogo, acessório ou munição de uso permitido e receptação. 

A acusação se baseia nos resultados da operação que cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência do casal localizada na Vila Dagmar Mazza, bairro Santo Antônio, zona Sul de Teresina.

 

Ana Azevedo e namorado, Victor Rangel: Foto: Colagem Lupa1/Reprodução

Na busca domiciliar a equipe policial encontrou sobre a mesa da sala, um revólver calibre .32 da marca Taurus, municiado com cinco cartuchos intactos, envolto em uma meia. Na ocasião também foram apreendidos dois aparelhos celulares e uma motocicleta Honda/Biz 125.

De acordo com a denúncia, a perícia na arma de fogo foi solicitada, mas o laudo ainda não foi anexado aos autos. As investigações apontam que um dos celulares, modelo Realme Note 60, possuía restrição por roubo, registrado em fevereiro de 2025, no bairro Lourival Parente, zona Sul de Teresina.

A vítima do roubo relatou à polícia que dois indivíduos armados levaram o aparelho celular, mas não reconheceu Victor Rangel como um dos autores do assalto, pois no momento do crime os assaltantes utilizavam capacetes.

A denúncia do MPPI também destaca que foi anexado aos autos um Relatório de Missão Policial que inclui imagens de Ana Azevedo ostentando uma arma de fogo em suas redes sociais, além de links de matérias jornalísticas e vídeos publicados pela própria "influenciadora".

Depoimento

Em depoimento, Victor Rangel afirmou que a arma apreendida lhe pertencia e era utilizada para sua proteção pessoal. Além disso, informou que os celulares pertenciam a sua companheira, Ana, mas que ele também fazia uso dos aparelhos. Já Ana Azevedo optou por permanecer em silêncio durante o depoimento.

Diante dos fatos, o MPPI solicita o recebimento da denúncia, a citação dos acusados para que respondam à acusação, a oitiva de testemunhas, a produção de todas as provas admitidas e, ao final, a condenação de Victor Rangel e Ana Azevedo pelos crimes de posse irregular de arma de fogo, acessório ou munição de uso permitido (art. 12 da Lei 10.826/2003) e receptação (art. 180 do Código Penal), além do pagamento de indenização de R$ 1 mil à vítima do roubo do celular.