Piauí apresenta maior crescimento no IDH do Brasil, diz pesquisa da ONU
Estado também apresentou uma alta considerável no PIB e redução da pobreza.
O Piauí apresentou o maior crescimento no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), de acordo com uma pesquisa realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgada nesta segunda-feira (20) pelo pesquisador Antônio Claret, durante a programação do G20 Social em Teresina.
Em sua pesquisa, o consultor destacou que em 20 anos, o IDH do Brasil saltou de 0,610 para 0,780 e do Piauí de 0,480 para 0,710. Com isso, o estado saiu de um índice considerado “baixo” para um “alto”. O Índice de Desenvolvimento Humano é calculado com valores entre 0 e 1, ou seja, quanto mais próximo de 1, maior a qualidade de vida em uma sociedade.
O IDH leva em conta três componentes básicos do desenvolvimento humano: padrão de vida (renda/economia), educação e saúde.
"O progresso observado pode ser atribuído a uma combinação de fatores que incluem investimentos em educação, programas de combate à pobreza, infraestrutura melhorada, políticas de saúde pública mais eficazes e foco no desenvolvimento sustentável", disse Antônio Claret.
Segundo o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, o Piauí ainda se tornou referência mundial, com o maior salto no IDH do mundo.
“A ONU acaba de confirmar que o Piauí não foi apenas o estado com o maior crescimento em desenvolvimento humano do Brasil, mas de todo o mundo, numa comparação feita com 23 países em estágios semelhantes”, escreveu o ministro nas redes sociais.
Antônio Claret ainda apontou que, entre os anos de 2002 e 2021, que o PIB a preços correntes aumentou de R$ 7,1 bilhões em 2002 para R$ 64 bilhões em 2021. No mesmo período, a contribuição do Piauí para o PIB brasileiro subiu cerca de 54%.
O crescimento econômico também possibilitou uma redução na pobreza. De 2000 a 2013, a proporção da população em situação de pobreza caiu de 57,2% para 19,1% e o percentual da população em situação de pobreza extrema caiu de 32,5% para 6,4%. Na combinação dos dois indicadores, a redução foi de cerca de 70%. Nos anos seguintes, durante o período de crises e pandemia, a taxa de pobreza se estabilizou, flutuando em patamares inferiores a 35% entre 2014 e 2021.
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