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Papa Francisco é sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma

Decisão rompe com a tradição da Igreja Católica, já que a maioria dos papas costuma ser enterrada na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

26 de abril de 2025 às 12:50
4 min de leitura

Neste sábado (26), o corpo do Papa Francisco foi sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, local escolhido pelo próprio pontífice. A decisão rompe com a tradição da Igreja Católica, já que a maioria dos papas costuma ser enterrada na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Foto: Vatican News

A missa fúnebre foi celebrada na Praça de São Pedro e contou com a presença de mais de 200 mil pessoas, entre fiéis e autoridades de todo o mundo, incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O corpo do papa ficou exposto durante três dias para visitação pública, período em que cerca de 250 mil pessoas prestaram suas homenagens.

Foto: Vatican News

Após a cerimónia religiosa, o caixão de Francisco foi levado em procissão até a Basílica de Santa Maria Maggiore. Antes do sepultamento, um grupo de pessoas em situação de vulnerabilidade social prestou uma última homenagem ao pontífice, com orações nas escadarias da igreja.

Fiel à sua simplicidade, Francisco foi enterrado em um túmulo discreto, conforme desejo expresso em testamento. A lápide leva apenas a inscrição “Franciscus” (Francisco, em latim). A visitação ao túmulo estará aberta ao público a partir deste domingo (27), segundo a Santa Sé.

Foto: Vatican News

Início do luto oficial

A missa de despedida deu início aos ritos do Novemdiales, tradição católica de nove dias de luto com missas diárias dedicadas à alma do papa falecido. As celebrações acontecerão sempre às 17h (horário de Roma), na Basílica de São Pedro, com exceção do Domingo da Divina Misericórdia, quando a missa será às 10h30.

Agenda das missas do Novemdiales:

  • Sábado (26): Cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio dos Cardeais

  • Domingo (27): Cardeal Pietro Parolin, ex-secretário de Estado

  • Segunda-feira (28): Cardeal Baldassare Reina, vigário geral para a Diocese de Roma

  • Terça-feira (29): Cardeal Mauro Gambetti, arcipreste da Basílica de São Pedro

  • Quarta-feira (30): Cardeal Leonardo Sandri, vice-decano do Colégio Cardinalício

  • Quinta-feira (1º): Cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana

  • Sexta-feira (2): Cardeal Claudio Gugerotti, ex-prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais

  • Sábado (3): Cardeal Ángel Fernández Artime, ex-pro-prefeito para a Vida Consagrada

  • Domingo (4): Cardeal Dominique Mamberti, protodiácono do Colégio Cardinalício

Foto: Vatican News

A sucessão papal

Com o falecimento de Jorge Mario Bergoglio, ocorrido na segunda-feira (21), a Igreja Católica entra no período conhecido como sede vacante. Durante este tempo, o governo da Santa Sé fica sob responsabilidade do Colégio Cardinalício, formado por 252 cardeais, dos quais 135 são eleitores no conclave que escolherá o próximo papa.

A eleição do novo pontífice deve acontecer entre 15 e 20 dias após a vacância do trono papal. Para ser eleito, o candidato precisa obter dois terços dos votos. No primeiro dia de conclave, há apenas uma votação. A partir do segundo, realizam-se até quatro votações diárias. Se não houver consenso após 24 votações, os cardeais podem decidir mudar as regras para permitir eleição por maioria simples.

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