Política

CPI da pandemia de Timon apresenta relatório final das investigações

De acordo com o presidente da CPI, Ulysses Waquim, quase R$ 14 milhões foram utilizados pela Prefeitura de Timon sem a devida prestação de contas.

10 de janeiro de 2022 às 22:20
2 min de leitura

A CPI da Pandemia de Timon, apresentou na manhã desta segunda-feira (10), o relatório final das investigações realizadas ao longo dos últimos meses sobre ações e omissões do governo maranhense em relação ao combate a pandemia da Covid-19. O documento será encaminhado para os órgãos de controle e fiscalização.

Parlamentares integrantes da CPI da pandemia do município de Timon. Reprodução

De acordo com o vereador Ulysses Waquim, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), a prefeitura de Timon recebeu no ano de 2020, o valor de R$ 19.666.129,83, destinados para combater a pandemia de Covid-19. A administração do município maranhense prestou conta de apenas R$ 5.778.008,39 do valor total, e o restante do valor, R$ 13.888.121,44, foi utilizado sem a devida transparência pública.

“Por meio das investigações realizadas pela CPI obtivemos provas de que os recursos não foram usados de forma correta. Foi usado dinheiro destinado ao combate à Covid para pagar folhas em atraso, para pagar processos de 2017, quando não estávamos em pandemia. Foram utilizados recursos para a compra de testes superfaturados. E a maior parte deste recurso nem o Tribunal de Contas do Estado, nem ninguém, sabe aonde foi gasto, pois falta transparência”, ressaltou Ulysses Waquim.

O documento que possui mais de 200 páginas, será entregue para a Polícia Federal, ao Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público do Tribunal de Contas.

De acordo com o relatório final há provas que incriminam três gestores públicos, sendo eles o ex-prefeito de Timon, Luciano Ferreira de Sousa, o ex-secretário municipal de Saúde, Márcio de Souza Sá e o atual secretário municipal de Saúde, Marcus Vinicius Cabral da Silva. “A apuração feita por esta comissão revela que durante a gestão do ex-secretário de saúde do município de Timon, Márcio de Souza Sá e do atual secretário de saúde, Marcus Vinicius Cabral da Silva, foram identificadas maiores inconsistências e divergências nos contratos e compras referentes ao Covid-19”, informa o relatório final da comissão.

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