Comissão temporária da Covid-19 é prorrogada por mais 4 meses
A prorrogação foi aprovada pelo Plenário do Senado
A comissão temporária que acompanha as ações de combate à pandemia foi prorrogada por mais 120 dias. O colegiado, que tinha previsão de encerrar os trabalhos nesta quarta-feira, 30 de junho, agora vai funcionar até o fim de outubro. Na sessão de hoje, foi ouvido o o empresário Carlos Wizard, ex-colaborador do governo do presidente Jair Bolsonaro.
O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), disse que não se trata apenas de uma ampliação de prazo, mas da oportunidade de aprofundar as investigações sobre indícios de crimes graves. “Precisamos de mais algum tempo. O pedido é por mais 90 dias, mas a expectativa que nós temos é que não vamos gastar esse tempo todo” afirmou Renan.
Renan havia negado que existia uma definição sobre o funcionamento da CPI durante o recesso parlamentar, mas opinou pela continuidade dos trabalhos, já que “não é comum dar recesso a uma investigação”. Ele ainda defendeu a convocação do deputado Ricardo Barros (PP-PR), que supostamente estaria por trás das pressões em torno da compra das vacinas Covaxin.
O senador Otto Alencar (PSD-BA) disse que a prorrogação, diante dos fatos levados à CPI nos últimos dias, referente ao caso da compra das vacinas Covaxin, é importante para que a investigação seja aprofundada.
Para o senador Humberto Costa (PT-PE), a prorrogação da CPI é necessária diante dos indícios de corrupção e irregularidades nos processos de compra de vacinas e insumos. Segundo o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), a prorrogação da CPI é natural já que a comissão começa “a chegar a estados e municípios”.