Polícia

Polícia investiga servidoras da SEMAM suspeitas de desviar dinheiro público

De acordo com o delegado Ferdinando Martins Araújo, da DECCOR, as servidoras movimentaram mais de R$ 2 milhões.

18 de dezembro de 2021 às 10:48
2 min de leitura

Operação Filantropia, deflagrada nesta sexta-feira (17), investiga duas servidoras ligadas a Secretária Municipal de Meio Ambiente (SEMAM) em Teresina. A suspeita é que a dupla criou uma organização para desviar recursos públicos no município.

Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro investiga o caso. Nataniel Lima/Cidadeverde.com

Segundo o delegado Ferdinando Martins Araújo, da Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DECCOR-LD), as servidoras investigadas movimentaram mais de R$ 2 milhões. Uma das servidores cedeu o prédio para a empresa funcionar e a outra escolhia pessoas ligadas da gestão.

A organização social teria recebido dinheiro da Semam e da Secretaria Municipal de Juventude (Semjuv). No entanto, neste momento da operação, estão sendo investigados os repasses feitos para a Semam.

Ao todo, estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e apreensão de bens nas residências dos servidores públicos investigados, um escritório de advocacia e a sede da organização.

Ainda de acordo com as investigações, ficou comprovado o pagamento de vantagens indevidas para servidores públicos a partir da simulação da prestação de serviços e uso de empresa de fachada.

Um parecer da Controladoria Geral do Município, de acordo com as investigações, aponta que a entidade não tinha capacidade, nem o tempo mínimo legal exigido para receber recurso público.

“Essa empresa foi ativada em outubro 2019. Em novembro de 2019 ela teve o cadastro ativado na Receita Federal. Logo em dezembro, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente assinou um termo de parceria. Ou seja, em apenas um mês de criada. Sem qualquer qualificação técnica, sem qualquer capacidade”, criticou o delegado de DECCOR-LD.

Próximo passo da Operação Filantropia

A próxima etapa da investigação deve focar em uma suposta fraude dentro da Semjuv. Isso porque, segundo o delegado, a empresa alvo dessa operação também firmou contratos com a pasta para a promoção de cursinhos de pré-vestibular.

“Esse instituto tinha uma ampla finalidade social. A gente percebia que esses valores [de recursos públicos] muitas vezes eram oriundos de emendas parlamentares de vereadores de Teresina”, disse o delegado sobre a possibilidade parlamentares estarem envolvidos no caso.

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