Caso Flávia Wanzeler: Justiça nega liberdade a empresário envolvido na morte de estudante
O desembargador Erivan Lopes, relator do caso, proferiu a decisão em 12 de junho.
A 2ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí rejeitou o habeas corpus solicitado pelo empresário Gustavo Soares Santos, que enfrenta acusações de participação no latrocínio da estudante de Medicina, Flávia Cristina Wanzeler Sampaio. O desembargador Erivan Lopes, relator do caso, proferiu a decisão em 12 de junho.
Gustavo, que é dono de uma barbearia,foi preso pelo DHPP em 31 de maio, após a emissão de um mandado de prisão temporária. As autoridades investigaram que Gustavo tenha encomendado o roubo do veículo em que a vítima estava.
Na decisão, o desembargador destacou que a prisão temporária do acusado possui uma base sólida e que as evidências reunidas durante a investigação apontam para o seu envolvimento em uma organização criminosa.
Quadrilha especializada
Ao Lupa1, o Delegado Barêtta informou que através das investigações foi identificado que havia outro veículo e mais indivíduos na cena do crime. Sendo que o empresário Gustavo que teria encomendado o carro, que seria roubado.
O delegado esclareceu que através das prisões dos outros dois indivíduos foi possível identificar uma quadrilha de roubo de carros no Piauí.
"O indivíduo "Gustavo" é empresário e encomenda os carros aos ladrões, inclusive dá apoio. Ele aluga carros em locadoras, fornece para os bandidos andarem, fazendo um levantamento de veículos aqui em Teresina e até no interior do estado para fazer roubo e vender, já por encomenda", explicou o delegado.
Relembre o caso
A estudante de medicina Flávia Cristina Wanzeler Sampaio, de 23 anos, foi morta a tiros durante uma tentativa de assalto no dia 12 de fevereiro, na Avenida Homero Castelo Branco, zona Leste de Teresina.
Flávia estava em um carro de passeio na companhia do namorado, quando foi abordada por criminosos que ocupavam outro veículo. De acordo com informações preliminares, o namorado tentou dar ré no carro para fugir de assaltantes, mas acabou colidindo com um obstáculo, momento em que um dos criminosos desceu do veículo e efetuou disparos contra a jovem.
No primeiro inquérito, os acusados Francisco Manoel dos Santos Gomes, vulgo "Biel", Antônio Cleison Barbosa Silva e Denilson Weviton Santos Nicolau foram indiciados pelo crime de latrocínio contra a estudante. Juntamente com o empresário Gustavo Soares, a prisão de Carlos Eduardo Gomes Lúcio, vulgo Dudu, também foi deflagrada.
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