Acusado de roubar R$ 1,2 milhão do BB é contador e preside associação de defesa de direitos sociais
O gerente substituto de uma agência do banco em Teresina foi preso em Camocim-Ce.
O gerente substituto da agência do Banco do Brasil da Rua Treze de Maio, no centro de Teresina, José Makes de Holanda Macedo, foi preso pela Polícia Civil na última terça-feira (31), na cidade de Camocim, no estado do Ceará, acusado de ter roubado cerca de R$ 1.200,000,00 (um milhão de duzentos mil reais) do banco em que trabalha.
De acordo com a Polícia Civil, José Markes acessou os cofres da agência na última sexta-feira, dia 27 de janeiro e também na segunda-feira, dia 30 de janeiro, ocasião em que furtou os valores.
Banco suspeitou de sequestro
Inicialmente o Banco suspeitou que o funcionário José Makes estaria sendo vítima de um crime conhecido como “sapatinho”, que é um sequestro seguido de extorsão a bancários, tendo em vista que o funcionário não compareceu para trabalhar após o sumiço do dinheiro.
A hipótese foi descartada depois que o Greco descobriu que, ao invés de ir trabalhar, o funcionário do banco havia viajado para a cidade de Camocim, no estado do Ceará, onde foi preso com a ajuda da Polícia Militar da cidade.
Acusado alegou surto ao ser preso
Ao ser abordado pela Polícia Militar na cidade de Camocim, José Markes disse ter tido um surto e que por isso realizou o furto. No carro em que ele estava foi encontrado grande quantidade de dinheiro e uma chave de um dos cofres da agência em que trabalha.
Com a informação da prisão, policiais do Greco foram até sua residência, em Teresina, onde foi encontrada outra quantidade de dinheiro, que somada à encontrada com José Markes, chega ao valor de R$ 1.200.000,00(hum milhão de duzentos mil reais).
Acusado é contador
Além de funcionário do Banco do Brasil, José Makes de Holanda Macedo também é contador, e já fez campanha para candidatos que disputaram a presidência do Conselho Regional de Contabilidade do Piauí.
Ele também presidia instituição de defesa de direito sociais
O Lupa1 também descobriu que José Markes também aprece como sócio presidente da empresa Cacic Goethe Sandes - Centro Academico de Ciencias Contabeis, com sede no bairro Parque Itararé, em Teresina, instituição que desenvolve atividades de defesa de direitos sociais, segundo a Receita Federal.
O que diz o Greco
Por meio de nota, o Greco disse que inicialmente foi acionado para investigar indícios de um crime conhecido como "sapatinho". Confira a nota na íntegra:
"A Polícia Civil do Piauí, por meio do Grupo de Repressão ao Crime Organizado, prendeu na última terça-feira (31/01), um funcionário de uma instituição bancária por crime de peculato.
A prisão se deu após a polícia, o banco acionou o Greco para informando que havia indícios que um de seus funcionários estaria sendo vítima de um crime na modalidade "sapatinho".
Iniciado o trabalho de investigação, policiais do Greco descartaram essa possibilidade. A equipe policial do Piauí conseguiu localizar o funcionário na cidade de Camocim-CE, solicitando apoio a Polícia Militar do Ceará. O funcionário foi abordado por policiais do estado vizinho e no veículo do mesmo foi encontrado dinheiro e uma chave de um dos cofres da agência. Diante dessas informações, policiais do Greco foram a residência do funcionário e lá foi apreendida outra quantia de dinheiro. A instituição bancária contabiliza um desfalque de R$ 1.200.000,00 (um milhão de duzentos mil reais), sendo o principal suspeito o funcionário".
O que diz o banco
À imprensa, o Banco do Brasil se limitou a dizer que acionou a polícia e segue colaborando com as investigações.
"O Banco do Brasil acionou a polícia tão logo tomou conhecimento do acontecido, e segue colaborando com as investigações. Mais informações sobre a ocorrência devem ser buscadas junto à autoridade policial", informou.