Gustavo Almeida

A promessa que Franzé não cumpriu sobre a eleição antecipada de Severo

Eleição para presidente da Assembleia Legislativa do Piauí voltou a ser assunto após PSDB nacional questionar - e depois recuar - o pleito antecipado.

10 de maio de 2024 às 09:35
3 min de leitura

A polêmica ação movida pela direção nacional do PSDB - e depois retirada - pedindo a anulação da eleição antecipada do deputado Severo Eulálio (MDB) para presidente da Assembleia Legislativa do Piauí segue dando o que falar em rodas de conversa de políticos.

Publicamente, ninguém se arrisca a sugerir quem estaria por trás do "se colar" tentado via PSDB, partido que não tem nenhum deputado no Piauí e, em tese, não deveria ter interesse nessa questão. No MDB, muita gente está com a pulga atrás da orelha.

Dep. Severo Eulálio (Foto: Gustavo Almeida/Lupa1)

Contudo, essa não foi a primeira vez que a eleição de Severo foi colocada em xeque. Em maio de 2023, quando uma liminar do ministro do STF Dias Toffoli considerou ilegal o pleito antecipado que elegeu o presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins para o biênio 2025-2026, a repercussão no Piauí foi imediata.

Na ocasião, o atual presidente da Assembleia Legislativa, Franzé Silva (PT), disse que, se o plenário do Supremo confirmasse a liminar de Dias Toffoli, ele pautaria na Assembleia do Piauí a anulação da eleição de Severo. Segundo falou Franzé à época, se fosse anulado o pleito antecipado do Tocantins, seria anulado no Piauí também, pois, conforme palavras dele, a Alepi não iria "ficar na ilegalidade".

"Nós vamos acatar o que o Supremo decidir. Se o pleno do STF decidir pela anulação da eleição do segundo biênio no Tocantins, nós iremos, através de um ato da mesa, levar ao plenário a anulação da votação que foi realizada para o segundo biênio no Piauí. É um caso similar e a Assembleia Legislativa do Piauí não ficará na ilegalidade. Se anular a do Tocantins, nós iremos anular aqui também", avisou Franzé no dia 29 de maio de 2023.

Dep. Franzé Silva (Foto: Gustavo Almeida/Lupa1)

O Plenário confirmou

No começo de março deste ano, portanto dois meses atrás, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a liminar de Dias Toffoli e considerou inconstitucional a eleição antecipada na Assembleia Legislativa do Tocantins. Com isso, o presidente eleito para o segundo biênio teve sua vitória anulada.

Era a partir desse desfecho que Franzé Silva prometia, lá em maio de 2023, pautar a anulação do pleito referente ao segundo biênio na Assembleia do Piauí.

E agora: ele vai cumprir o que disse ou deixará, conforme as próprias palavras dele, a Assembleia "na ilegalidade"? Por que o PSDB nacional, que não tinha prometido nada, agiu primeiro do que Franzé nessa questão? São perguntas que ainda estão sem respostas.

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