O Piauí nos últimos 35 anos
O Ipea, através do Ipeadata, acaba de disponibilizar informes importantes sobre o desenvolvimento do país e dos estados brasileiros.
O Ipea, através do Ipeadata, acaba de disponibilizar informes importantes sobre o desenvolvimento do país e dos estados brasileiros.
Os dados apresentados possibilitam um interessante olhar sobre a evolução econômica nos últimos 35 anos (período 2020-1985), segundo as unidades da federação.
A análise toma como referencia a taxa de crescimento do produto gerado (PIN) em relação a população dos estados; ou seja, avalia-se o crescimento médio anual do PIB percapita;
O período considerado é bastante longo e permite uma visão sem as interferências de eventos meramente conjunturais, como as secas, por exemplo.
O quadro abaixo, mostra o crescimento médio anual da renda percapita dos estados brasileiros, no período mencionado.
O Mato Grosso surge como o maior crescimento do país, graças, provavelmente, ao vigoroso desempenho do agronegócio naquele estado. E o Piauí vem, logo a seguir, com um crescimento médio anual de 2,27% ao ano, o que significa um desempenho muito relevante, em especial se considerarmos que se trata de uma média para um longo período de tempo.
Em terceiro lugar, surge o Rio Grande do Norte, com resultado levemente inferior ao observado no Piauí. Tais constatações entram em grande conflito com algumas teses locais que alardeiam que o Piauí está parado no tempo, cercado por dois exemplos de crescimento (Ceará e Maranhão).
A turma do complexo de vira lata, como diria Nelson Rodrigues, vai ficar em dificuldades para explicar estas evidências!! Com este desempenho, o Piauí abandonou o posto de
“patinho feio“ do Nordeste, ostentado na época da criação da sudene, deixando o título para Alagoas e Maranhão.
Dada a clara perspectiva de expansão do agronegócio, das energias renováveis e a estabilização populacional, o Piauí tem ampla possibilidade de manter-se no rol dos principais estados em crescimento no país.
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