Justiça mantém prisão de acusado de matar idoso com golpes de picareta em Teresina

Segundo a investigação do DHPP, o acusado mantinha um relacionamento amoroso com a vítima.

A Justiça do Piauí decidiu manter a prisão preventiva de Gilmar Carvalho Rocha, acusado de assassinar o idoso Raimundo Nonato com golpes de picareta, na zona Sul da capital. A decisão é da juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da  2ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina.

 

Raimundo Nonato e suspeito do crime - Foto: Reprodução

A magistrada entendeu que persistem os fundamentos que justificaram a prisão inicial, ou seja, o risco concreto à ordem pública, demonstrado pelo modo de agir no crime e pelos indícios de alta periculosidade. A vítima foi assassinada com golpes de picareta. 

A gravidade concreta da conduta evidenciada pelo modus operandi, em tese, empregado no cometimento do delito, evidencia a periculosidade do acusado ao meio social e a necessidade de medida capaz de assegurar a ordem pública, tendo em vista que o acusado desferiu golpes com uma “picareta” na vítima, que culminaram com a sua morte, diz trecho da decisão.

A juíza ainda destacou o fato do acusado ter gravado vídeos mostrando o corpo do idoso após ter sido morto. No dia seguinte, ele confessou o crime para a mãe. 

O acusado fez ainda registros em vídeo do corpo da vítima e após, trancou a porta da casa, se desfez da chave e evadiu-se com destino à zona rural de Miguel Alves-PI. No dia posterior, o acusado telefonou para sua mãe, a sra. Francisca Maria Da Conceição Rocha Dos Santos, e confessou a autoria do fato.

Relacionamento amoroso

Segundo a investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Gilmar mantinha um relacionamento amoroso com a vítima e morava com ele porque não tinha para onde ir depois de sair da prisão, em janeiro, por descumprir medida protetiva contra a ex-esposa. Sem apoio da própria família, foi acolhido por Raimundo Nonato, com quem já tinha uma relação de longa data.

O crime

Gilmar Carvalho Rocha virou réu no dia 14 de abril e está preso na Penitenciária José de Ribamar Leite, em Teresina. Ele foi preso em 14 de março, quatro dias após o crime.

O homicídio ocorreu em 10 de março, no bairro Promorar, na zona Sul da capital. A vítima foi morta com golpes de picareta que desfiguraram completamente o rosto.

Após o crime, Gilmar gravou vídeos mostrando o corpo, enviou áudios a uma vizinha pedindo que enviasse a sua ex-esposa sobre o que ele havia feito, trancou a casa, jogou a chave fora e fugiu para a zona rural de Miguel Alves.