Política

Professores da rede municipal mantêm greve e fazem manifestação na CMT

Os professores pretendem acampar e passar a noite na frente da sede do legislativo municipal.

14 de fevereiro de 2022 às 11:29
4 min de leitura

Os professores da rede municipal de Teresina realizaram uma manifestação em frente a Câmara Municipal na manhã desta segunda-feira (14). Os profissionais deflagraram greve na semana passada e acusam a Prefeitura de Teresina de não cumprir o pagamento do reajuste salarial de 33,23% definido pelo Governo Federal no fim de janeiro. Os professores pretendem acampar e passar a noite na frente da sede do legislativo municipal.

Professores fazem manifestação na frente da Câmara de Teresina (Foto: Gustavo Almeida/Lupa1)

Em entrevista ao Lupa1, o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm), Sinésio Soares, explicou que os professores cobram linearidade e cumprimento do reajuste de 33% para a categoria.

A Prefeitura informa que enviou para o legislativo um Projeto de Lei que reajusta para R$ 4.400 o piso salarial dos professores, estando assim acima do aprovado pelo Governo Federal. Sinésio, no entanto, destaca que esse reajuste proposto pela prefeitura não contempla a categoria, tendo em vista que o reajuste de 33% deve ser para todos os profissionais.

Sinesio Soares (Foto: Gustavo Almeida/Lupa1)

“O projeto não é só para as pessoas que ganharem o salário mais baixo ganhar um salário mais alto, o projeto é escalonar a carreira das pessoas. Tem pessoas que tem especialização, mestrado, doutorado, ele não vai mais respeitar, vai rasgar o diploma das pessoas? Dizer que é 4 mil é falácia, é só jogar para a população. Um vereador ganha 18.800, agora ele divulga 4 mil para os professores e não diz onde está? Não existe essa história de 4 mil”, criticou Sinésio.

O presidente do Sindserm acredita que o projeto encaminhado para a Câmara não existe, tendo em vista que ninguém teve acesso ao PL. “É um absurdo. Nunca um prefeito fez isso, deixar de apresentar. Não existe, não tem projeto. O sindicato só pode se manifestar sobre o projeto, quando ver”, continuou Sinésio.

A professora Ana Brito, que já é aposentada, também defendeu que o reajuste seja de 33% para toda a categoria. Ana acusa a prefeitura de querer dar um reajuste de 13,5% apenas para parte dos servidores.

Professora Ana Brito (Foto: Gustavo Almeida/Lupa1)

“Nós estamos exigindo que a prefeitura, a partir do que os professores já tem, cumpra a linearidade de 33%. Exigimos que o prefeito nos receba, dialogue e mostre a proposta que vem para essa Casa. O piso anunciado pelo governo federal é R$ 3.845 e se a prefeitura anuncia que vai pagar R$ 4.400, ela não está colocando 33%, só está colocando 13,5%. Isso não nos interessa. É a correção anual do piso, conforme foi anunciado, de 33%”, defendeu a professora.

“Grande esforço da prefeitura”

O presidente da Câmara, Jeová Alencar, disse que a proposta da prefeitura foi encaminhada para o legislativo na última sexta-feira (11) e deverá ser votada amanhã.

Jeová Alencar (Foto: Gustavo Almeida/Lupa1)

“Chegou na sexta-feira, hoje o secretario Nouga vem explicar melhor, mas já chegou ao nosso conhecimento que o piso nacional está em torno de R$ 3.800 e a Prefeitura vai ter o piso de R$ 4.400, maior do que o nacional. Deve entrar em votação na terça-feira, até porque ele vai ser retroativo de janeiro. Então é importante que a gente possa estar acelerando essa votação para que os professores sejam beneficiados”, afirmou Jeová.

Jeová destacou que a prefeitura fez um “esforço grande” para pagar o piso acima do nacional. “A prefeitura fez esse esforço grande para contemplar essa classe que é dos professores no nosso município e dando um piso maior do que o nacional”, finalizou o vereador.

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