Justiça concede regime semiaberto a assassino de Camilla Abreu
O ex-policial militar Allisson Wattson poderá trabalhar fora da cadeia.
O juiz da Vara de Execuções Penais da Comarca de Teresina, Carlos Hamilton Bezerra Lima, concedeu progressão do regime para o ex-policial militar Allisson Wattson, condenado pelo crime de feminicídio contra a estudante Camila Abreu em outubro de 2017.
Condenado a 17 anos, 11 meses e 5 dias de reclusão pelo feminicídio, o ex-policial foi agraciado com a progressão para o regime semiaberto e poderá trabalhar fora da cadeira. A decisão é do dia 19 de setembro deste ano.
Conforme a decisão, o detento poderá deixar o presídio no turno da manhã e deve retornar no fim da tarde. Na decisão o juiz deixa expresso que Allisson Wattson deve ter bom comportamento, caso contrário poderá perder o benefício.
O ex-policial está proibido de ingerir bebidas alcoólicas, se envolver em brigas dentro do trabalho ou na rua e se afastar por mais de 100 metros do trabalho durante o horário de almoço. Caso perca o emprego, Allisson Wattson perde automaticamente o direito de deixar o presídio.
O Ministério Público manteve postura favorável ao pedido de progressão. A lei que concede o benefício permite que o indivíduo saia para trabalhar ou estudar durante o dia e regressar ao final da tarde para dormir no presídio.
Entenda o caso
A estudante Camilla Abreu foi vista pela última vez no dia 25 de outubro de 2017 quando estava acompanhada do namorado Allison Wattson. Desde então, a jovem ficou desaparecida até a sua morte ser confirmada em 31 de outubro. O ex-capitão foi considerado o principal suspeito, e logo foi preso.
Na época, o delegado responsável pelo caso afirmou que “houve um crime de homicídio, além de ocultação de cadáver, sendo, então, dois crimes”. Alisson Wattson foi condenado a 17 anos, 11 meses e 5 dias de prisão em júri popular.
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