Condenação de Cuca por estupro é anulada pela justiça suíça
Treinador havia sido condenado por estuprar uma menina de 13 anos na época em que era jogador do Grêmio.
O Tribunal Regional de Berna-Mittelland, na Suíça, anulou a condenação do técnico Cuca, por estuprar uma menor de idade em 1987, durante uma excursão do Grêmio ao país.
A decisão foi tomada após a defesa do técnico pedir um novo julgamento, alegando que ele havia sido condenado sem representação legal na época.
O Ministério Público da Suíça entendeu, no entanto, que isso não seria possível porque o crime já havia prescrito. Com isso, o órgão sugeriu a anulação e o fechamento do processo.
A decisão não foi tomada com base na inocência do técnico, mas pela constatação da irregularidade do processo.
A juíza repousava pelo caso ainda determinou que o Estado Suíço indenize Cuca em 9.500 francos, o que equivale a R$ 75 mil na cotação atual
Por meio da assessoria, Cuca disse que se sente aliviado e que o resultado ocorreu “no tempo certo”.
“Hoje eu entendo que deveria ter tratado desse assunto antes. Estou aliviado com o resultado e convicto de que os últimos 8 meses, mesmo tendo sido emocionalmente difíceis, aconteceram no tempo certo e de Deus”, disse o técnico.
Entenda o caso
Em 1987, na época em que ainda era jogador do Grêmio, Cuca participou de uma excursão com o clube na Europa. Na Suíça, ele e outros os jogadores Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi, foram detidos pela polícia acusados de terem relação sexual com uma menina de 13 anos.
Os três foram liberados depois de três meses. Dois anos depois, Cuca, Eduardo e Henrique foram condenados a 15 anos de prisão e multa, mas não tiveram representantes legais no julgamento.
Fernando Castoldi foi inocentado do caso, por entenderem que ele havia sido apenas cúmplice.