Polícia

Acusados de matar PM em posto de gasolina serão julgados pelo Tribunal do Júri

Crime ocorreu em um posto de combustível na Avenida dos Expedicionários, em fevereiro deste ano, em Teresina.

14 de outubro de 2024 às 19:08
3 min de leitura

A juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, do Tribunal de Justiça do Piauí, proferiu uma decisão nesta segunda-feira (14), que pronunciou a julgamento dois acusados de homicídio contra do policial militar Agamenon Dias Freitas Junior. O crime ocorreu em um posto de combustível na Avenida dos Expedicionários, em fevereiro deste ano.

Ao total eram quatro acusados de participar da morte do PM, mas apenas Tiago Rocha Santiago e Pedro Vitor Cardoso Almeida vão enfrentar julgamento, já Wicloas Neves Portela e Diego Bruno da Costa Sousa foram inocentados e soltos por falta de prova.

PM Agamenon Dias - Foto: Reprodução

Segundo a decisão, Tiago e Pedro foram pronunciados por envolvimento direto no homicídio de Agamenon e por roubo. Tiago é apontado como autor do disparo que matou a vítima, enquanto Pedro teria agredido outra pessoa envolvida na confusão e facilitado a ação criminosa.

"Há elementos que indicam a materialidade e a autoria do crime por parte de Tiago Rocha Santiago, que, segundo as provas testemunhais e periciais, teria disparado a arma de fogo. Pedro Vitor Cardoso Almeida, por sua vez, agiu de forma a contribuir para a prática dos atos, impedindo a fuga da vítima e agredindo terceiros", escreveu a juíza em sua decisão.

No entanto, a magistrada entendeu que não há elementos suficientes para manter a acusação contra Wicloas e Diego Bruno. "As provas não demonstram, com clareza, o envolvimento de Wicloas Neves Portela na prática do homicídio, assim como as imagens e depoimentos apontam que Diego Bruno da Costa Sousa não participou diretamente dos atos violentos."

Diego Bruno da Costa Sousa havia sido incluído na denúncia por, supostamente, ter facilitado a ação criminosa. Contudo, após análise das provas, a juíza concluiu que ele não teve envolvimento direto no homicídio ou nas agressões. Imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas indicaram que Diego Bruno tentou acalmar a situação, sem participar das agressões.

"Não há como manter a acusação contra Diego Bruno, pois os elementos apresentados não comprovam sua participação nos atos violentos. Sua conduta, segundo os depoimentos, foi a de tentar intervir pacificamente", destacou a juíza.

Com a decisão, Tiago Rocha Santiago e Pedro Vitor Cardoso Almeida agora aguardam julgamento no Tribunal do Júri, enquanto Wicloas e Diego Bruno foram liberados.

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