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Varíola dos macacos tem se espalhado sexualmente, alerta OMS

Surto de varíola do macaco na Europa pode ter sido causado por hábitos sexuais de risco em raves na Espanha e na Bélgica.

23 de maio de 2022 às 21:51
3 min de leitura

A varíola dos macacos pode ser transmitida sexualmente, segundo um alerta feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença tem conquistado espaço em pouco tempo, preocupando especialistas de várias partes do mundo. Na Bélgica, os infectados já adotam quarentena obrigatória.

Varíola dos macacos
Reprodução

A varíola dos macacos foi identificada pela primeira vez décadas atrás, por isso o surto tão repentino tem sido tão intrigante para a medicina. De acordo com a OMS, a expectativa é que se identifique mais casos à medida que expande a vigilância em países onde a doença normalmente não é encontrada.

“O que parece acontecer agora é que [a varíola dos macacos] entrou na população através do sexo, e está se espalhando assim como as infecções sexualmente transmissíveis, o que amplificou seu alcance em todo o mundo”, apontou o especialista em doenças infecciosas da OMS, David Heymann, à agência de notícias Reuters.

Na ocasião, Heymann acrescentou que um comitê internacional de especialistas se reuniu por videoconferência para analisar o que precisava ser estudado sobre o surto e comunicado ao público, "por causa da urgência da situação".

“É muito possível que alguém tenha se infectado, desenvolvido lesões nos genitais, nas mãos ou em outro lugar, e depois tenha espalhado para outras pessoas quando houve contato físico ou sexual próximo”, disse.

Segundo o especialista da OMS, os pais que cuidam de crianças doentes estão em risco, assim como os profissionais de saúde, razão pela qual alguns países começaram a aplicar vacina para varíola em algumas equipes.

Doença

Varíola dos macacos é uma infecção viral rara, semelhante à varíola humana, embora mais leve, registrada pela primeira vez na República Democrática do Congo, na década de 1970. O número de casos na África Ocidental aumentou na última década.

Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham pelo corpo.

De acordo com autoridades de saúde espanholas, a doença não é particularmente infecciosa entre as pessoas, e a maioria dos infectados recupera-se em algumas semanas, embora casos graves tenham sido relatados.

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