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Teresina está entre as capitais do Nordeste com menor índice de tabagismo

Segundo dados do Ministério da Saúde, o crescimento do ato entre mulheres é maior que entre os homens.

04 de março de 2024 às 14:39
3 min de leitura

A capital do Nordeste com menor percentual de homens que se declaram fumantes é Aracaju, com 2,9%, seguida por Teresina, com 2,6%, de acordo com a pesquisa Vigitel do Ministério da Saúde em 2023.

Cigarro - Foto: illustração

Segundo o cardiologista da Hapvida Notre Dame Intermédica, Fernando Giordano, o Brasil é um país onde o nível de adesão ao tabagismo é baixo, quando comparado ao resto do mundo, e que a conscientização pregada pelos profissionais e órgãos de saúde têm contribuído muito para o esclarecimento da população sobre os malefícios do ato de fumar.

O especialista lembra que o tabagismo é um fator importante do aumento de risco cardiovascular e, por isso, os números devem ser comemorados, mas ressalta outro aspecto relacionado.

“Isso aumentou um pouquinho na população jovem, por isso sempre é bom intensificar essa abordagem e falar que existem muitos meios hoje de se tentar largar o tabagismo”, afirma Fernando.

No consultório, sempre que atendo um paciente tabagista, o médico lembra dos riscos que o tabaco causa ao sistema cardiovascular; o principal deles é o de infarto e AVC.

“Existem muitos meios hoje de se tentar largar o vício. Hoje temos muitas opções de tratamento. Isso vai, com certeza, prevenir doenças cardiovasculares durante a vida do indivíduo. Vai muito da força de vontade da pessoa, claro, porém hoje existem vários mecanismos que podemos melhorar isso, desde adesivos de nicotina a medicações que diminuem a ansiedade e o desejo de fumar. Em alguns casos, uma avaliação psicológica também é importante”, ressalta o especialista da Hapvida NotreDame Intermédica.

Riscos para homens e mulheres

O tabagismo é a principal causa evitável de doenças e mortes prematuras. Segundo dados do Ministério da Saúde, o crescimento do ato entre mulheres é maior que entre os homens.

Além disso, o mito de que o fumo prejudica mais o público masculino do que o feminino já foi derrubado por estudos que apontam prejuízos para ambos os sexos.

O cardiologista explica que para ambos os sexos existem riscos relacionados ao tabagismo. Porém, as mulheres, até chegar na menopausa, têm hormônios que protegem, de certa forma, o sistema cardiovascular.

“Quando chega a menopausa, ela perde a função desses hormônios e acaba se igualando o risco cardiovascular ao do homem. Mas o risco de ter um infarto, um AVC, é similar para os dois”, explica.

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