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Sasc vai acompanhar mulher escravizada há mais de 30 anos em Teresina

A mulher já foi encaminhada para um abrigo destinado a vítimas de violência doméstica.

16 de junho de 2023 às 18:20
2 min de leitura

A equipe técnica da Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc), vai fazer acompanhamento a mulher escravizada em Teresina. A mulher, de iniciais R.S., vivia no bairro Mocambinho, zona Norte da capital, realizando trabalho escravo há mais de 30 anos. A vítima foi resgatada pela Polícia Federal na última quinta-feira (15).

De acordo com a gerente de enfrentamento ao trabalho escravo da Sasc, Graça Ferreira, a mulher já foi encaminhada para um abrigo destinado a vítimas de violência doméstica e vai receber apoio psicossocial, jurídico e orientações para atividades de qualificação profissional.

Sasc vai acompanhar mulher escravizadaAscom

“O papel da Sasc é exatamente, ao receber essa trabalhadora que foi resgatada, procurar um abrigo onde ela possa ficar até receber todos os direitos que foram negados a ela durante todo esse tempo. Inclusive já foi encaminhada a entrada nos três meses de seguro desemprego”, diz a gerente.

Graça explica ainda que as pessoas responsáveis por mantê-las nessa situação devem responder processo por danos morais e serão obrigadas a pagar os direitos trabalhistas pelo período que passou em sistema de escravidão, por mais de 30 anos.

“Nós vamos acompanhar essa trabalhadora até ela receber todos os direitos que ela tem em ressarcimento a esse período, como também depois acompanhar para que ela seja encaminhada para um trabalho formal, contratada por alguém que possa realmente garantir todos os seus direitos trabalhistas ”, completa.

Entenda

Uma trabalhadora doméstica escravizada há 30 anos, foi resgatada na manhã desta quinta-feira (15), pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Trabalho em Teresina.

Conforme a PF, a situação chegou até o conhecimento do Ministério Público, que constatou a situação de submissão a trabalho em jornadas exaustivas, vulnerabilidades socioeconômicas e ausência de formalização do vínculo empregatício e de pagamento de salários e demais direitos trabalhistas como férias, folgas.

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