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Professores da UESPI mantém greve após Justiça decretar ilegalidade

O TJ-PI determinou suspensão dos atos grevistas sob multa de R$ 10 mil por dia para a Associação dos Docentes.

08 de janeiro de 2024 às 14:20
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Professores e estudantes da Universidade Estadual do Piauí (USPI) participaram, na manhã desta segunda-feira (08), da Assembleia Docente para deliberaçõessobre a greve dos profissionais da educação. O ato, que aconteceu na frente da reitoria da instituição de ensino superior, desobedece decisão judicial.

Assembleia Geral na Uespi - Foto: Junior Santos/ Lupa1

O Tribunal de Justiça do Piauí decretou ilegalidade da greve dos professores e determinou suspensão dos atos grevistas sob multa de R$ 10 mil por dia para a Associação dos Docentes.

A categoria iniciou a greve por tempo indeterminado na última terça-feira (02) sob a justificativa do Projeto de Lei 09\2023, do Governo, que modifica a carga horária dos docentes. Atualmente, a carga horária é de 40 horas semanais e tem tempo mínimo de 8h em sala de aula. Com a aprovação do PL, a carga horária mínima nas salas de aula seria dobrada, ou seja, 16h.

Presente no ato, a coordenadora da Associação dos Docentes da Uespi (Adcesp), professora Lucineide Barros disse que a categoria vai tentar diálogo com o governador Rafael Fonteles (PT).

Lucineide Barros, coordenadora da Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) - Foto: Junior Santos/ Lupa1

“Nós temos em nossa pauta dois pontos centrais, que é o reajuste salarial e a retirada de pauta de um projeto de lei que retira dos professores da Uespi a possibilidade de fazer pesquisa e extensão. O governador se comprometeu em não dar andamento ao projeto de lei, mas não assumiu ainda nenhum compromisso em relação ao reajuste salarial. Foi isso, em especial, que nos fez permanecer em greve”, disse a coordenadora.

Assembleia Geral na Uespi - Foto: Junior Santos/ Lupa1

A professora ressaltou também que hoje (08) foi encaminhado um pedido de abertura de diálogo, junto ao Tribunal de Justiça e junto ao próprio governador. “Estamos pedindo uma audiência com o reitor, porque estamos abertos a negociação.O que nós queremos não é greve, o que nós queremos é negociação”.

Ilegalidade da greve

Ao ser questionado sobre a ilegalidade da greve, o advogado da Associação dos Docentes, Gustavo Amorim, disse que pediu consideração à Justiça sobre o pedido de ilegalidade da greve.

Gustavo Amorim, advogado da Associação - Foto: Junior Santos/ Lupa1

“Hoje, nós comunicamos ao desembargador responsável um pedido de consideração, um pedido de audiência, uma audiência de conciliação, que é o espaço que a gente precisa para que a gente possa por fim nesse movimento”, finaliza o advogado.

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