PRF multiplica abordagens em ônibus com eleitores e TSE pede explicações
O TSE havia determinado que a PRF não fizesse operações no transporte público para não atrapalhar a votação.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) intensificou o número de abordagens à ônibus de eleitores no segundo turno das eleições, realizado neste domingo (30), descumprindo a ordem do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes do último sábado (29) que proibia operações dessa natureza.
Segundo dados internos da PRF divulgados pela Folha de S. Paulo, foram realizadas 514 ações contra ônibus até 12h35. Os dados apontam que o número de operações é 70% maior do que o registrado no primeiro turno das eleições de 2022. A partir dos relatos de que o número de operações havia sido mais intenso no Nordeste, Alexandre de Moraes intimou o diretor-geral da PRF, Silvinei Marques, a interromper imediatamente as ações de fiscalização. Custando a desobediência da decisão uma multa ao diretor-geral de R$ 100 mil por hora, e a possibilidade de ser afastado da função e preso.
Diretor-geral pede voto
Silvinei Marques postou na noite do sábado em suas redes sociais um pedido de voto no presidente e candidato a reeleição Jair Bolsonaro (PL). Logo em seguida, Silvinei apagou a publicação.
Pedido de voto apagado por Silvinei Marques Reprodução / Midias Sociais
Alexandre de Moraes intima diretor-geral a explicar ações no segundo turno
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, intimou por volta das 12h deste domingo (30) que o diretor-geral da PRF Silvinei Marques explique a razão por trás das operações denunciadas por eleitores nas redes sociais. Alexandre de Moraes deve se pronunciar publicamente sobre o ocorrido na tarde deste domingo.
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