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Ômicron duplica número de casos a cada dois ou três dias, diz OMS

A organização, explica que o conhecimento sobre a variante está evoluindo e que é necessário ter prudência.

24 de dezembro de 2021 às 11:02
3 min de leitura

Levantamento divulgado na quarta-feira (22) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), identificou que a cepa Ômicron já havia sido notificada em 110 países e em todos os continentes. Nesta sexta-feira (24), a organização afirma, em nota técnica, que a nova cepa continua a propagar-se rapidamente, duplicando o número de casos em dois a três dias.

OMS

Dados procedentes de focos de contágio na África do Sul, no Reino Unido e na Dinamarca indicam menor risco de hospitalização em pacientes que contraíram a Ômicron, em comparação com os que foram infectados com a Delta. A OMS explica, no entanto, que o conhecimento sobre essa variante está evoluindo à medida que mais evidências ficam disponíveis, por isso é necessário analisar todas as novas informações com prudência.

Em análise publicada na revista Science, cientistas consideram o surgimento de variantes como a Ômicron "um alerta da ameaça" que significa o SARS-CoV-2 e uma mostra da importância das vacinas que, com a terceira dose, podem restaurar a eficácia em mais de 90% em casos graves da doença.

Variante Ômicron
NIAID

O microbiólogo da Universidade de Cambridge, Ravindra Gupta, e o pesquisador do Scripps Research Translational Institute, Eric Topol, analisaram estudos recentes sobre infecções após a vacinação e sobre a eficácia das doses de reforço na proteção contra variantes.

Os autores lembram os elevados níveis de proteção das vacinas de RNA, como a Pfizer e a Moderna, contra a Covid-19 sintomática, mas que o tempo é fator-chave para a diminuição da eficácia das vacinas, principalmente nas pessoas idosas e imunossuprimidos.

Medidas de segurança

Gupta e Topol consideram ainda ser muito importante, ainda, medidas e intervenções não farmacêuticas, como o uso de máscaras e o distanciamento social, que não só ajudam a reduzir os casos de Covid-19, como também limitam a oportunidade de surgirem variantes.

A continuidade da transmissão do coronavírus em populações muito vacinadas “mostra a necessidade de ampliar a vacinação em todos os grupos etários, mantendo ao mesmo tempo as medidas não farmacológicas, como o uso de máscaras”, consideram Gupta e Topol.

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