Geral

Motoristas e cobradores descumprem ordem de retorno às ruas de Teresina

Ontem (15), o TRT determinou a volta imediata de 100% da frota de ônibus na Capital.

15 de março de 2023 às 08:05
3 min de leitura

Os motoristas e cobradores do transporte público de Teresina descumpriram a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em que obrigava os profissionais a retornarem com 100% da frota em horário de pico. Na manhã desta quarta-feira (15), os motoristas se reúnem em protesto na Avenida Marechal Castelo Branco.

ÔnibusMonalisa Mendes / Lupa1

Conforme a liminar, a circulação de 100% da frota deveria ser assegurada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário (Sintetro) nos horários de pico, entre 6h às 9h e das 17h às 20h de segunda a sexta-feira, e aos sábados das 6h às 9h e das 12h às 15h. Nos outros horários e aos domingos a circulação deveria ser de 80%.

A ação contra o Sintetro foi ajuizada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Urbano (SETUT). O magistrado, alegou em sua decisão que a greve da categoria compromete a prestação de serviços essenciais à população, como o transporte público e a saúde.

STRANS

A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), através da Procuradoria Geral do Município (PGM), afirmou que iria solicitar ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para que determinasse ao Sintetro o cumprimento da frota mínima durante o período de greve.

Greve

A greve dos motoristas e cobradores do transporte público de Teresina foi deflagrada nessa segunda-feira (13), após assembleia geral feita pela categoria. O movimento grevista reflete a falta de acordo entre os trabalhadores e os empresários que dominam o serviço na capital piauiense. Os funcionários cobram o pagamento salarial, vale refeição e plano de saúde.

A crise no transporte público de Teresina se arrasta pelo logo dos anos e piorou com o início da pandemia da covid-19. Além dos trabalhadores que amargam a falta de pagamento, quem sofre mais ainda é a população carente que precisa do transporte público para ir ao trabalho, hospitais, e ir aos locais de estudo.

“A nossa vida já é sofrida com esse transporte que não é de alta qualidade, mas quando ele deixa de nos atender nosso sofrimento quadruplica. Eu não tenho dinheiro para pagar a passagem do transporte coletivo, imagina para pagar R$ 40, R$ 50 em aplicativos. Eu moro no residencial Dilma Rousseff, na zona norte e trabalho na zona sul de Teresina, é algo inviável para mim. E se eu perder meu emprego, quem vai alimentar minha família”, narrou a auxiliar de serviços gerais e estudante, Ana Maria.

Siga nas redes sociais

Veja também

Dê sua opinião

Canal LupaTV

Veja todas