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HGV utiliza terapias alternativas em pacientes internados na UTI; conheça

A terapia ajudou o paciente a melhorar e responder ao tratamento.

18 de julho de 2023 às 10:01
4 min de leitura

Quem poderia imaginar que a música do talentoso cantor e compositor Bartô Galeno poderia contribuir para a recuperação de pacientes com sequelas neurológicas internados em UTIs? No Hospital Getúlio Vargas (HGV), isso se tornou possível graças à utilização de terapias alternativas que auxiliam na reabilitação desses pacientes.

Terapias alternativas em pacientes na UTI - Foto: Divulgação/ Governo do Piauí

Através de um tablet, os pacientes têm acesso a uma ampla seleção de músicas dos mais diversos gêneros. O psicólogo Wanderson Anjos relata como a música tem desempenhado um papel fundamental na recuperação desses indivíduos.

“A terapia ajudou o paciente a melhorar e responder ao tratamento. Ele encontrava-se deprimido e com pouca abertura ao diálogo. Mas ao ser indagado sobre a possibilidade de ouvir uma música, ele sugeriu a do cantor Bartô Galeno, que fez ele resgatar várias memórias, histórias e abertura para o atendimento em questão”, conta o psicólogo, ao relatar o caso de um paciente de 65 anos, internado após uma cirurgia de um aneurisma de aorta abdominal.

Além da música, jogos de entretenimento também são utilizados pela equipe hospitalar como terapia. Isso ocorreu com uma paciente de 59 anos que chegou ao HGV com suspeita de encefalite viral. Após um longo período na UTI e a necessidade de ventilação mecânica, ela tem mostrado melhorias com a ajuda de estímulos neurológicos e cognitivos.

“Uma das maiores dificuldades da paciente era a mobilidade comprometida e dificuldade de acesso para administração da medicação. Fomos introduzindo pequenas intervenções, utilizando o cubo mágico, com movimentos diferenciados, a partir dessas estimulações neurocognitivas, a paciente conseguiu evoluir com alta clínica da UTI para a enfermaria e com resgate da subjetividade”, explicou o psicólogo.

Wanderson Anjos relata que a técnica de utilizar jogos também obteve resultados satisfatórios com um paciente de 74 anos diagnosticado com insuficiência cardíaca. O paciente estava agitado, com delírios intensos e se queixava constantemente.

“Então fizemos uma tentativa de usar algo que ele gostasse para o resgate de sua subjetividade. Não tínhamos o jogo do baralho, mas usamos o UNO que prontamente ele se permitiu ser ensinado no novo jogo, o que proporcionou bons resultados”, explica o psicólogo.

Para a diretora-geral do HGV, Nirvania Carvalho, a equipe multidisciplinar tem contribuído para uma recuperação mais rápida dos pacientes.

“A introdução dessas técnicas ao tratamento, possibilitam uma diminuição dos efeitos negativos relacionados ao internamento, pois eles fazem esse resgate da identidade que, muitas vezes, se perde nos ambientes hospitalares, contribuindo para uma recuperação mais rápida”, explica a doutora.

O superintendente de média e alta complexidade, Dirceu Campêlo, ressalta a importância do uso de terapias alternativas para a melhoria da saúde dos pacientes.

“Esse projeto desenvolvido pelo HGV é de grande importância para o bem-estar dos pacientes. A música ajuda os pacientes de várias formas, principalmente na comunicação e melhora do bem -estar”, afirma.

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