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HGV realiza cirurgia inédita de tumor cerebral com paciente acordado

Paciente de 22 anos está em recuperação pós-operatória, consciente e em excelentes condições clínicas.

19 de agosto de 2023 às 08:44
3 min de leitura

O Hospital Getúlio Vargas (HGV) realizou nessa sexta-feira (18/08), uma microcirurgia inovadora para a remoção de um tumor intracraniano, utilizando um estado de sedação consciente, juntamente com monitoramento eletrofisiológico e cognitivo durante a operação.

HGV realiza cirurgia inédita com paciente acordado - Foto: Divulgação/ Governo do Piauí

Uma equipe de profissionais de diversas áreas colaborou para supervisionar as funções cerebrais durante o procedimento. A paciente, de 22 anos, está atualmente em fase de recuperação após a operação, permanecendo consciente e apresentando uma ótima condição clínica.

Para a diretora geral do HGV, Nirvania Carvalho, o procedimento de alta complexidade somente pode ser realizado no HGV “devido a alta capacidade resolutiva do hospital”, destaca a gestora.

A paciente, natural de Santa Luzia, no Maranhão, viajou até Teresina em busca de cuidados especializados.

“Eu sentia fortes dores na cabeça, até chegava a desmaiar. Procuramos atendimento médico em Teresina e o neurologista disse que era caso de urgência. Fui internada no Hospital do bairro Dirceu, transferida para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e lá, disseram que somente o HGV fazia essa cirurgia”, explica a paciente.

O neurocirurgião Leonardo Moura, responsável pela equipe que participou do procedimento, explica a técnica.

“Utilizamos uma técnica de neurocirurgia com o paciente acordado em situações em que os tumores cerebrais estão localizados em áreas eloquentes do cérebro, principalmente na área da linguagem. Realizamos uma anestesia especial na qual o paciente dorme no início da cirurgia durante o acesso cirúrgico. Ao visualizarmos a região cerebral com tumor, utilizamos estimulação elétrica direta na superfície cerebral em combinação com vários testes cognitivos para mapear qual região é segura para ser ressecada sem causar prejuízos na linguagem do paciente. O paciente permanece acordado para que ele esteja responsivo e participando de forma ativa da testagem realizada”, explica o neurocirurgião.

A equipe cirúrgica incluiu, além do Dr. Leonardo Moura, os neurocirurgiões Arquimedes Cardoso e Esmálio Barroso, juntamente com o residente Marcos David. Uma equipe multidisciplinar contribuiu com sua expertise, incluindo os anestesiologistas Kelson Jacobina e a neurofisiologista Fernanda Emanuelle Amorim, assim como a neuropsicóloga Gardênia Guedes. A equipe de enfermagem do centro cirúrgico do HGV também desempenhou um papel fundamental.

“Mais um procedimento de alta complexidade que o HGV é capaz de realizar, com exclusividade. O hospital mostra a cada dia sua importância e protagonismo na saúde pública do estado”, disse o superintendente de média e alta complexidade da Sesapi, Dirceu Campêlo.

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