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​Banco Mundial promove agricultura familiar sustentável no Piauí

A expectativa é que aproximadamente 24 mil agricultores familiares se beneficiem diretamente da iniciativa.

15 de março de 2024 às 22:32
4 min de leitura

O Conselho de Diretores do Banco Mundial aprovou, no início da noite desta quinta-feira (14), um projeto para promover a agricultura familiar sustentável nas zonas rurais do Piauí. O projeto visa a ajudar os produtores a aumentar sua renda e sua resiliência climática.

Agricultura.Foto: Wanderson Araujo/Trilux

A expectativa é que aproximadamente 24 mil agricultores familiares se beneficiem diretamente da iniciativa, o que inclui povos indígenas, comunidades quilombolas e outros povos tradicionais.

O projeto de US$ 63,28 milhões fortalece o desenvolvimento rural sustentável ao buscar soluções para os principais desafios enfrentados por agricultores familiares no Piauí: insegurança fundiária, degradação de recursos naturais (principalmente florestas e fontes de água), vulnerabilidade às mudanças climáticas e limitações em termos de conhecimentos, capacidades e acesso a financiamento para enfrentar tais desafios. Esses obstáculos pesam mais sobre os produtores menores e mais vulneráveis, mantendo-os, muitas vezes, reféns de sistemas que geram pouca renda e têm impactos adversos nos recursos naturais.

Em colaboração com diversas instituições do estado (Instituto de Terras do Piauí — Interpi, Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Agricultura e Secretaria de Planejamento), o projeto ajudará a aumentar a segurança fundiária por meio da titulação de terras em assentamentos de reforma agrária administrados pelo Interpi. Também melhorará a gestão de recursos naturais por meio de atividades voltadas à proteção e recuperação dos mananciais; à prevenção, ao controle e ao manejo de incêndios florestais; e ao apoio à regularização ambiental das propriedades de agricultura familiar. Além disso, o projeto ajudará os beneficiários a adotar práticas agrícolas inteligentes em termos de clima, aumentando o acesso à formação, ao financiamento e aos mercados. A inclusão está ao centro de todos os esforços, dando atenção especial aos povos indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais.

O Piauí é um dos estados mais vulneráveis do Brasil, com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,646. Ele ocupa o 24º lugar entre as 27 unidades federativas do país, e seu PIB per capita equivale a cerca de metade da média brasileira. Embora o setor de serviços represente 74,8% da economia piauiense nas zonas rurais, a agricultura é a principal fonte de atividade econômica.

“Estamos investindo fortemente no desenvolvimento sustentável da agricultura familiar, oferecendo assistência, tecnologia e apoio à comercialização para o pequeno agricultor, de forma a ampliar a sua produção, produtividade e renda. O apoio do Banco Mundial é muito importante para que possamos avançar ainda mais nessa política de apoio aos nossos agricultores e agricultoras familiares”, afirmou Rafael Fonteles, governador do Piauí.

O projeto será executado ao longo de um período de cinco anos. O pacote de financiamento total inclui um empréstimo de US$ 50 milhões do BIRD, US$ 12,5 milhões em recursos de contrapartida do Governo do Estado do Piauí e US$ 0,82 milhão dos próprios beneficiários.

"Este projeto é um passo significativo para a promoção do desenvolvimento sustentável e da resiliência nas áreas rurais do Piauí. Ao ajudar os agricultores familiares e as comunidades tradicionais a garantir seus direitos de uso da terra e a empregar práticas agrícolas sustentáveis, esta iniciativa pode ajudar tanto a aumentar a renda da população quanto a melhorar a adaptação climática, conduzindo, em última análise, a um futuro mais sustentável para todos os envolvidos," disse Johannes Zutt, diretor do Banco Mundial para o Brasil.

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