Após 25 anos, lavrador é condenado por matar homem na frente da família no PI
Vítima foi assassinada na frente da esposa e neta, em agosto do ano de 2000.
Na terça-feira (25), a Comarca de São João do Piauí realizou o julgamento de Orlando Marques de Sousa, acusado de participar do homicídio qualificado de José Cantídio Pereira. A sessão foi presidida pela juíza Carmelita Oliveira, com o promotor de Justiça Jorge Luiz atuando em nome do Ministério Público do Piauí, e a defesa do réu foi realizada pelo defensor Eliomar Monteiro.
O crime aconteceu em agosto do ano de 2000, na localidade Gato, zona rural de São João do Piauí, quando José Cantídio Pereira foi morto na própria residência, onde estava com a esposa e neta. Dois homens encapuzados chegaram à casa da vítima e dispararam dois tiros contra ele.
Orlando, que na época tinha 21 anos, foi preso um mês depois como suspeito do crime, mas foi liberado em setembro de 2001 e passou a responder o processo em liberdade.
Durante o julgamento, o Ministério Público sustentou a tese de que o crime foi cometido mediante recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima. O promotor de Justiça, com base nas provas apresentadas, afirmou que Orlando Sousa teve participação consciente e voluntária no homicídio. A defesa de Orlando argumentou a favor de sua inocência, mas os jurados, após os debates, reconheceram, por maioria de votos, a materialidade e autoria do crime.
Os jurados também acolheram integralmente a tese do Ministério Público e reconheceram a qualificadora do homicídio, que envolveu o uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Como resultado, Orlando Marques de Sousa foi condenado à pena de 12 anos de reclusão, a ser cumprida inicialmente em regime fechado.