15 anos sem Gilberto Dias, o sanfoneiro danado de bom
Forrozeiro piauiense fez grande sucesso na região Sul do estado e também no Vale do São Francisco.
A morte do sanfoneiro piauiense Gilberto Dias faz 15 anos neste mês. Era 4 de setembro de 2008 quando a notícia da morte abalou grande parte do Sul do Piauí. A região perdia seu mais destacado sanfoneiro.
O artista construiu sólida carreira, principalmente nas regiões de São Raimundo Nonato e São João do Piauí, e vivia o melhor momento de sua trajetória quando morreu. Naqueles idos de 2008, Gilberto já era um sanfoneiro consagrado também no Vale do São Francisco, região que inclui importantes cidades do sertão de Pernambuco e do Norte da Bahia, como Petrolina e Juazeiro, consideradas redutos do forró.
Embora tivesse só 42 anos, marcou seu nome no imaginário da região, sobretudo dos que gostam do forró e vaquejada. Natural do município de Dom Inocêncio, o sanfoneiro residia em São Raimundo Nonato, onde morreu na noite de 4 de setembro. Sua última apresentação foi numa vaquejada em São João do Piauí, quatro dias antes.
Ao longo da carreira, gravou músicas com nomes importantes da cultura nordestina, como Dominguinhos, Genival Lacerda, Alcymar Monteiro e Jorge de Altinho. Também dividiu palco com tantos outros como Waldonys, Sirano e Sirino e Targino Gondim.
Conhecido como "o sanfoneiro danado de bom", Gilberto era, além de grande cantor e exímio tocador, um destacado defensor da música nordestina. Eram comuns em suas apresentações falas em que ele defendia a valorização do forró e enaltecia a importância de se cultivar nas novas gerações o gosto pela cultura musical do Nordeste.
Homenagens
Gilberto é homenageado em vários municípios. Em São Raimundo Nonato, dá nome a uma travessa no bairro Aldeia. Em Lagoa do Barro do Piauí tem seu nome em um tradicional espaço de eventos. Na sua terra natal, Dom Inocêncio, dá nome à principal praça pública de eventos, justamente onde, por tantos anos, foi atração nos festejos da cidade.
O sanfoneiro também foi homenageado com um tributo que reuniu diversos artistas na cidade de Capitão Gervásio Oliveira, numa quadrilha junina em São João do Piauí e com músicas gravadas por forrozeiros da região.
Passados 15 anos de sua morte, Gilberto Dias segue sendo citado por colegas em festas juninas, vaquejadas e eventos de forró.