Tá difícil! Pesquisa aponta que 55% dos piauienses deixaram de consumir carne por conta do preço
Conforme dados, 84% da população sente que os produtos aumentaram excessivamente no últimos três meses.
Na última segunda feira (13) foi divulgada a pesquisa eleitoral do BTG Pactual, que traz dados preocupantes no que se diz respeito ao consumo dos brasileiros nos últimos 3 meses.
O impacto da inflação afetou a população de forma tão intensa que só no último trimestre, foi contabilizado que 7 em cada 10 brasileiros pararam de consumir produtos como: roupas, carne, combustível, remédios e até mesmo frutas e legumes.
Pequenos lazeres, como fazer uma refeição fora de casa e comprar roupas novas foram deixados de lado por respectivamente 60%e 56% dos entrevistados.
Infelizmente alguns cortes de consumo não foram feitos de forma voluntária, mas por necessidade. É o caso da carne vermelha, em que 55% pessoas responderam que precisaram parar de consumir, não por motivos de saúde, mas por conta dos altos preços.
O tradicional feijão com arroz também desapareceu da mesa de pelo menos 13% dos brasileiros. Infelizmente, essa é a realidade da população que trabalha diariamente em meio a inconstância econômica: não saber ao certo o que vai poder consumir amanhã ou depois.
Os dados trazidos nessa pesquisa refletem que a pergunta certa pode não ser o que você deixou de consumir, mas sim o que você ainda consegue comprar nas condições atuais.
Não bastando o fato da insegurança alimentar voltar a fazer parte da rotina do brasileiro, a crise vem levando o consumidor a atrasar contas básicas, dentre estas: fatura de energia, cartão de crédito, conta de telefone fixo e conta de água.
No Piauí não é diferente, o reflexo destes estudos já são sentidos em mercadinhos e grandes supermercados com preços cada vez mais elevados e que tiram da mesa do piauiense o direito à alimentação básica. Somando isso a alta no gás de cozinha e vários outros itens.
Este item essencial na vida de populares e empreendedores do ramo alimentício, vem causando preocupação na hora da compra. Na última pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) o Piauí registrou o botijão de 13 quilos com o preço mais caro em todo o Nordeste, sendo comercializado por no mínimo R$114 e no máximo R$130.
A imprevisibilidade do preço dos alimentos, gás de cozinha e até mesmo de remédios vem deixando o piauiense cada vez mais sem saída.
O que todos sabemos hoje é que a inflação vem avançando cada vez mais, e não há nem sequer uma perspectiva de melhora.
Até quando vamos precisar “dar um jeito”?
Quem irá nos salvar?