Gustavo Almeida

Teresinha Medeiros e um caso de fé perdida em apenas três meses

Vereadora disse pouco tempo atrás que era uma mulher de fé e por isso acreditava que Dr. Pessoa iria reagir nas pesquisas. Agora, aderiu a Fábio Novo.

02 de abril de 2024 às 08:20
5 min de leitura

No dia 14 de dezembro de 2023, portanto há 3 meses e meio, a vereadora Teresinha Medeiros (União Brasil) afirmou que era “uma mulher de fé” e por isso acreditava na recuperação do prefeito Dr. Pessoa (Republicanos) nas pesquisas. Como consequência, acreditava que o atual gestor da capital tinha condições de conquistar a reeleição.

Vereadora Teresinha (Foto: Gustavo Almeida/Lupa1)

“A gente sabe que Teresina tem seus gargalos, tem seus problemas e precisa melhorar. Esse desempenho dele [do prefeito nas pesquisas] pode melhorar. Então a gente não pode perder a fé e a esperança de dias melhores. Eu acredito, eu sou uma mulher de fé. Sou mulher que tem fé em Deus e acredito que tudo pode acontecer”, falou na ocasião.

Passa menos de quatro meses, a vereadora desistiu de acreditar em Dr. Pessoa. Nesta segunda-feira (1º), anunciou adesão à pré-candidatura do petista Fábio Novo a prefeito da capital. O anúncio foi feito por Novo nas redes sociais. “Com grande satisfação recebemos a vereadora Teresinha Medeiros em nosso time, fortalecendo nossa pré-campanha para a Prefeitura de Teresina”, postou o pré-candidato do PT.

Teresinha aderiu a Fábio Novo (Reprodução/Instagram)

Vale lembrar que Teresinha Medeiros foi eleita em 2020 no palanque de Kleber Montezuma, com forte apoio da então primeira-dama Lucy Soares, e depois da eleição aderiu ao prefeito Dr. Pessoa, de quem foi aliada até ontem.

O que dirá a Teresinha Medeiros de hoje para aquela mulher de fé lá de dezembro de 2023?

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| Irônico e sarcástico

Lucy Soares e Robert Rios (Foto/Montagem/Lupa1)

Perguntado pela coluna se não teme as chegadas de Lucy Soares e Robert Rios ao MDB, um político de mandato no partido disse que os dois ex-deputados tendem a ser campeões absolutos de votos. Disse o parlamentar que todos os demais pré-candidatos emedebistas apostam sobre qual dos dois vai ser o primeiro colocado na sigla. “Todos no partido fazem suas apostas sobre qual desses dois gigantes da política da capital fica em primeiro”, disse. A coluna percebeu muita ironia e sarcasmo na fala do político.

| Agitação em Oeiras

Ex-prefeito Lukano Sá (Jailson Soares/PoliticaDinamica)

A cidade de Oeiras está em polvorosa. O anúncio da filiação do ex-prefeito Lukano Sá ao Progressistas agitou o clima político e sacudiu a sucessão municipal na primeira capital. É de conhecimento de todos que a casa do velho B. Sá, líder maior dos boca pretas, está bastante insatisfeita com a condução que o prefeito Zé Raimundo Sá fez para as eleições deste ano. O estopim foi a filiação do vice-prefeito e pré-candidato Zé Alberto ao PSD, contra a vontade de B. Sá. O ex-prefeito Lukano sempre foi o nome mais bem posicionado do grupo em todas as pesquisas, mas não queria disputar a prefeitura, uma vez que vive excelente fase na vida pessoal e empresarial. Porém, agora a coisa tende a mudar de rumo. Perguntado pela coluna se Lukano será candidato, um destacado boca preta disse: "Conseguimos filia-lo depois de muita luta. Calma (risos). Pode assustar".

| Vai ter que pagar

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A Prefeitura de Socorro do Piauí, distante 480 km de Teresina, foi condenada a pagar o retroativo do piso salarial dos professores referente ao ano de 2022. A gestão municipal, administrada pelo prefeito Zitim (MDB), se negava a pagar a diferença entre o vencimento dos docentes e o piso nacional estabelecido para a categoria naquele ano. A ação contra a prefeitura foi movida pelo Sindicato dos dos Servidores Públicos Municipais de Socorro do Piauí. A decisão que obriga a prefeitura a pagar foi do juiz Rostônio Uchôa, da Vara Única da Comarca de Simplício Mendes.

| Relator foi contra

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Começou ontem, segunda-feira (1º), o julgamento que pode levar à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil). A cassação foi pedida pelo PT e pelo PL, sob acusação de abuso do poder econômico com gastos supostamente irregulares no período de pré-campanha em 2022. O relator do caso no TRE-PR, desembargador Luciano Carrasco Falavinha, votou contra a cassação. Ele não considerou os valores apontados pelas partes como ilegais. Para o magistrado, os valores são divergentes e não é possível afirmar que foram excessivos. Após o voto do relator, o julgamento foi suspenso devido a um pedido de vista e será retomado na quarta-feira (3).

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