O relatório de extração de dados do celular encontrado na cela da vereadora Tatiana Medeiros, presa desde o dia 3 de abril por crimes eleitorais, apontou que o dispositivo teria sido entregue pelo advogado de Tatiana, levando em consideração as datas das visitas que a parlamentar recebia.
O aparelho, identificado como um modelo iPhone 16 Pro Max, foi encontrado no dia 20 de maio durante uma vistoria realizada pela polícia dentro da Sala de Estado-Maior que a parlamentar se encontrava presa, no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Piauí.
A mãe de Tatiana Medeiros, Maria Odélia Medeiros, declarou à Corregedoria da Polícia Militar do Piauí que ela teria entregado o aparelho para a vereadora, visto que ela tinha problemas psicológicos e poderia usar para entrar em contato com a mãe em situações de emergência.
A declaração da mãe foi diferente da declaração dada pela vereadora, que afirmou que o aparelho teria sido entregue por um advogado.
Investigação da Polícia Federal
Para uma melhor apuração do caso, a Polícia Federal utilizou de vários fatores para descobrir quem teria entregado o celular à parlamentar, investigando as mensagens do WhatsApp e a lista de visitas que a vereadora recebia.
A investigação realizada pela PF apontou que a primeira interação da vereadora no WhatsApp aconteceu às 17h44 do dia 7 de abril, mesmo dia em que ela teria recebido a visita de um advogado.
Levando em consideração a declaração da mãe da vereadora, a polícia também investigou as datas em que Maria Odélia teria visitado a filha. A lista apontou que a mãe teria visitado a filha nos dias 5 e 6 de abril.
“Isso levanta a hipótese de que os aparelhos podem realmente ter sido entregues por um advogado, dado a proximidade da entrega para a efetiva utilização do aparelho”, aponta o relatório da corporação.
Ainda segundo o relatório de extração de dados, a vereadora teria conversado com a mãe, tia, assessores, advogados e pessoas próximas.