Faccionadas usavam grupo “A Luta Não Para” para coordenar crimes no Piauí, revela Draco

Ação teve como alvos 15 mulheres integrantes da facção criminosa Bonde dos 40 (B40).

A Polícia Civil do Piauí, por meio do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), deflagrou na manhã da última quarta-feira (30), a “Operação DRACO 210”, ou como ficou conhecida, “Operação Faixa Rosa”.

 

Mulheres presa na Operação Faixa Rosa -Foto: Arte/ Lupa1

A ação teve como alvos 15 mulheres integrantes da facção criminosa Bonde dos 40 (B40) e revelou um aspecto inusitado e simbólico da estrutura do grupo: um grupo de WhatsApp batizado com o nome “A LUTA NÃO PARA”, utilizado como canal estratégico de comunicação interna entre as criminosas.

A partir da análise de um celular apreendido durante a Operação DRACO 198, em março deste ano, pertencente a Alzicar da Silva Magalhães — identificada como tia de um dos líderes da facção e peça chave do núcleo feminino —, peritos encontraram evidências de uma rede bem organizada.

O grupo “A LUTA NÃO PARA” funcionava como uma espécie de central de comando digital da facção, onde eram compartilhadas ordens, estatutos internos, códigos, cadastros e regras de conduta.

 

Operação DRACO 210 – Faixa Rosa
Reprodução

Segundo o DRACO, o nome do grupo não é apenas um título, mas um reflexo da ideologia propagada entre as integrantes. "A LUTA NÃO PARA" simboliza a persistência e o engajamento contínuo das envolvidas nas atividades criminosas, funcionando como um lema de resistência interna.

No ambiente virtual, as mulheres dividiam funções que iam desde a arrecadação de valores ilícitos, aplicação de disciplina interna, até o planejamento logístico do tráfico de drogas e apoio a ações violentas.

A operação ocorreu em diversos bairros de Teresina e cidades do interior do Piauí e Maranhão, e resultou no cumprimento de 15 mandados de prisão temporária e 19 de busca e apreensão. A ação contou com o apoio da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP), várias divisões da Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Civil Municipal de Teresina.

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A Polícia Civil destaca o crescimento da participação ativa de mulheres em cargos estratégicos dentro das facções. O caso reforça a complexidade do crime organizado contemporâneo e a necessidade de uma resposta qualificada por parte das forças de segurança.

Confira a nota divulgada pelo Draco!