Em entrevista à TV Lupa1 nesta terça-feira (20), os dois advogados que fazem parte da defesa da vereadora de Teresina, Tatiana Medeiros (PSB), afirmaram que não tiveram contato recente com a cliente nos dias que antecederam a apreensão de um celular e um tablet na cela onde ela está presa, no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do Piauí (QCG).
A apreensão ocorreu durante uma vistoria de rotina realizada pela Polícia Militar. Os equipamentos eletrônicos foram localizados dentro da sala de Estado Maior onde a parlamentar está detida, por decisão judicial. Questionada pelos policiais, Tatiana teria assumido a posse dos aparelhos e declarado que eles teriam sido entregues por seu advogado.
Entretanto, os dois representantes legais da vereadora negaram qualquer envolvimento com o caso. O advogado Samuel Castelo Branco afirmou que não teve contato recente com a parlamentar.
Faz alguns dias que mantive contato com a vereadora, então não tenho muito a contribuir, declarou um dos advogados.
Já o advogado Edson Araújo disse que estava fora de Teresina há dias e que não vê Tatiana desde a semana passada.
Eu não converso com ela acho que desde segunda passada. Tive que viajar para Brasília e São Paulo, e só retornei ontem”, contou.
A cela ocupada por Tatiana está localizada em uma das salas adaptadas dentro do QCG, onde ficam presos que possuem prerrogativas legais, como autoridades e advogados. Nesses espaços, a entrada de equipamentos eletrônicos sem autorização judicial é proibida.
Prisão
Tatiana Medeiros foi presa durante a segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, deflagrada pela Polícia Federal. A investigação apura o uso de uma ONG ligada à vereadora para movimentar verbas públicas com indícios de desvio.