"Unimed e Hapvida estão tratando autistas como se fossem mercadoria", diz paciente

Práticas da Unimed e Hapvida violam direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal e outras legislações.

A situação envolvendo os planos de saúde Unimed e Hapvida em Teresina tem gerado grande indignação entre as famílias de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo diversas denúncias, essas operadoras estão descumprindo ordens judiciais e prejudicando o tratamento terapêutico de crianças autistas, o que tem causado um grande impacto na saúde e bem-estar dos pacientes.

 

Unimed Teresina - Foto: Unimed

Em entrevista a TV Lupa1, Vinicius de Freitas, que é paciente do Hapvida, afirmou que a forma como os clientes desses planos de saúde estão sendo tratados na capital está se tornando ´´insustentável´´ e ´´lamentável´´. Segundo ele, a Unimed e Hapvida estão tratando pessoas com autismo como se fossem mercadoria. 

´´A situação que os planos de saúde Hapvida e Unimed estão colocando as pessoas com autismo aqui em Teresina se torna uma situação insustentável e lamentável. Os planos de saúde, esses dois, estão tratando autistas como se fosse mercadoria, porque simplesmente ambos estão pisando em ordens judiciais  e colocando autistas para fazerem terapia juntos, o que é inadmissível´´, disse Vinicius. 

As práticas da Unimed e Hapvida violam direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal e outras legislações. A Constituição Brasileira (Art. 196 e 227) garante o direito à saúde e a proteção da infância, enquanto a Lei Berenice Piana (Lei 12.764/2012) assegura a continuidade do atendimento especializado para pessoas com TEA.

´´O que importa é o lucro´´

Para Vinicius os planos de saúde não se importam com o bem-estar da pessoa com autismo, mas tratam os pacientes apenas como uma fonte de lucro.  

´´Também estão tratando os autistas como se fossem mercadorias, porque o que importa para esses dois planos específicos não é atender, é o lucro, porque toda hora alguma mãe, pai atípico recebe a notícia que a clínica está descredenciada, pisando em ordens judiciais, porque se você tira um autista de de um vínculo terapêutico, faz o autista desregular todinho ´´, concluiu Vinicius. 

Irregularidades denunciadas

A advogada da saúde, Drª. Laura Nascimento, que representa várias famílias afetadas, elencou que entre as práticas abusivas relatadas, destacam-se pelo menos quatro.


Unimed Teresina descumpre ordens judiciais e prejudica tratamento de crianças com TEA

Veja a nota enviada à TV Lupa1

nota oficial - caso de clinicas e clientes tea - unimed teresina (1).pdf