Os adolescentes Anael Natan Colins Souza da Silva, 17 anos, e Luian Ribeiro de Oliveira, 16 anos, foram executados e tiveram seus corpos desovados no povoado Anajás, zona leste de Teresina. Os jovens foram encontrados em avançado estado de putrefação no dia 15 de novembro. O dono do Frango Potiguar, João Paulo e seu primo, Guilherme de Carvalho, são os principais suspeitos do crime.
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O advogado de defesa, Lúcio Tadeu, em entrevista, afirma que João Paulo e Guilherme de Carvalho assumiram a autoria do crime, por medo de possíveis ameaças que os jovens efetuaram contra os agressores. ''Os rapazes estavam muito agitados dizendo que iam voltar, que tinham parentes da polícia e que eles iam pagar por isso'', declarou Lúcio Tadeu.
Versão do advogado
De acordo com o advogado de defesa dos acusados, Lúcio Tadeu, os adolescentes pularam o muro da casa do tio de João Paulo, conhecido como Francisco, que mora numa chácara na saída de Altos. Francisco, ao perceber que os cachorros latiam muito, saiu com uma lanterna, e avistou os jovens, onde logo em seguida, entrou em luta corporal com os mesmos.
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O filho de Francisco, Guilherme de Carvalho Gonçalves, estava na casa e percebeu a movimentação e ajudou o pai a imobilizar os adolescentes. Nesse meio tempo, com os jovens já imobilizados, o dono do Frango Potiguar, João Paulo, foi chamada ao local onde chegou com seu cunhado, identificado como Amauri.
Os adolescentes então foram amarrados e colocados na carroceria de uma caminhonete, por João Paulo e seu primo, Guilherme, que seguiram em direção ao povoado Anajás. Segundo o advogado de defesa, Anael e Luian deferiam ameaças aos agressores, que iam voltar e que iam pagar por isso.
''O Guilherme e o João Paulo confessaram a família, que no caminho, o Guilherme muito emocionado, amedrontado, com as ameaças resolveu num momento de desespero dar fim a vida dos rapazes'', afirmou o advogado de defesa, Lúcio Tadeu.
Ainda de acordo com o advogado, o tio e o cunhado de João Paulo não tiveram nenhum envolvimento com o assassinato. ''Em momento algum a família fez qualquer acusação ou insinuação da vida pregressa dos rapazes que foram mortos. Então é isso agora nós não podemos culpar toda família por um ato praticado por duas pessoas'', declarou Lúcio Tadeu.
Família rebate
De acordo com o advogado de defesa os jovens ameaçaram os executores do crime, alegando que voltariam ao local e que pagariam caro pelas agressões. A família de Anael Natan e Luian Ribeiro nega o comportamento agressivo dos jovens, e afirmam que os dois cresceram juntos e nunca se envolveram com coisa errada.
O pai de Anael Natan, que é Policial Militar no Maranhão, diz que o filho era um rapaz muito dedicado e estudioso, e declara vai até o fim para que a justiça seja feita. ''Nós vamos até o fim. Ministério Público, o Poder Judiciário, justamente para exibir todas as provas e colocar esse marginais que que tiraram a vida do do nosso filho na cadeia'', afirma o Policial Militar, Ailton Pereira.
Já a mãe de Luian Ribeiro, Dona Maria da Cruz, diz que o filho era um menino bom, que não tinha rixa com ninguém e que não possuía nenhum inimigo. ''Toda a família sofre desde o dia que aconteceu o crime e não aceito, não concordo que cada dia que passa tentam sujar a imagem dos meninos pra população. Mas a população está com a gente. Deus está com a gente e sabe que os meninos só vão ter paz quando houver justiça'', desabafou Dona Maria.
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