Polícia

Vereador de Teresina, Alan Brandão, é alvo de operação da PF que apura desvio de recursos públicos

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de sequestro de bens e valores, sendo nove em Teresina e dois em Oeiras.

30 de abril de 2024 às 12:10
3 min de leitura

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (30/4), a “Operação Conectados”, com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), visando combater desvios de recursos públicos federais destinados à saúde, educação e assistência social repassados a municípios do estado do Piauí. Durante as buscas, a PF apreendeu uma quantia de R$ 1,6 milhão no escritório de contabilidade do vereador Alan Brandão (PRD), de Teresina.

“Operação Conectados” da Polícia Federal no Piauí - Foto: Divulgação/ PF

As verbas desviadas eram provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), do Fundo Nacional de Saúde (FNS) e do Fundo Municipal de Assistência Social (FMAS).

“Operação Conectados” da Polícia Federal no Piauí - Foto: Divulgação/ PF

A operação mobilizou 40 policiais federais, com o apoio de quatro auditores da CGU, para o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão e de sequestro de bens e valores, sendo nove na cidade de Teresina e dois no município de Oeiras. Todas as medidas judiciais foram expedidas pela Vara Federal Cível e Criminal da Subseção Judiciária de Floriano.

A investigação se iniciou a partir de relatório da CGU apontando indícios de fraude e direcionamento das contratações em benefício de uma empresa, que foi recentemente constituída com sede na capital e já foi vencedora de diversas disputas públicas em municípios piauienses.

“Operação Conectados” da Polícia Federal no Piauí - Foto: Divulgação/ PF

O trabalho investigativo revelou que o empresário à frente da empresa atua supostamente como laranja. Além disso, foram encontradas conexões entre ele e uma empresa de contabilidade em Teresina, que tem um agente político da capital piauiense como sócio, e também estaria envolvida nas fraudes.

As apurações evidenciaram simulação de competição nos certames, em razão de conluio fraudulento entre empresas e superfaturamento por sobrepreço, o que ensejou o sequestro de bens e valores em montante superior a R$ 2 milhões. Constatou-se, ainda, a participação de servidor público atuante na Prefeitura de Oeiras/PI nas fraudes licitatórias.

“Operação Conectados” da Polícia Federal no Piauí - Foto: Divulgação/ PF

As ações de hoje visam interromper a prática criminosa, reunir provas para fortalecer a investigação e identificar outros envolvidos, tanto funcionários públicos quanto particulares, além de recuperar bens e ativos adquiridos com os recursos desviados de setores como saúde, educação e assistência social.

O inquérito policial apura o crime de frustração do caráter competitivo de licitação, além de outros que devem ser constatados no curso da investigação.



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