Operação “Véu de Maquiavel”: Gaeco investiga quadrilha por lavagem de dinheiro
No total, foram executados 34 mandados de busca e apreensão, emitidos pela Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados.
O Ministério Público do Estado do Maranhão, através do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), deu início à operação "Véu de Maquiavel", na manhã desta quinta-feira (10/08), nos municípios de São Luís e Palmeirândia.
O objetivo da ação é desmantelar uma organização criminosa sob investigação por supostos crimes de lavagem de dinheiro, peculato e formação de quadrilha.
Nessa fase da operação, estão sendo investigados vereadores, funcionários públicos e outras pessoas físicas e jurídicas que estão, direta ou indiretamente, envolvidas no desvio e apropriação de verbas de emendas parlamentares da Câmara Municipal de São Luís, por meio de entidades sem fins lucrativos.
No total, estão sendo executados 34 mandados de busca e apreensão, emitidos pela Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados. A ação conta com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que contribui com o suporte operacional na execução dos mandados, mobilizando agentes de diferentes estados, viaturas e uma aeronave.
Essa colaboração entre o Gaeco e a PRF segue a parceria estabelecida na recente Operação Hades, realizada na última terça-feira (08/08).
A operação é conduzida por promotores de justiça dos núcleos do Gaeco em São Luís, Imperatriz e Timon, em conjunto com a Polícia Civil do Maranhão, incluindo o 1º Deccor de São Luís, o 1º Deccor de Imperatriz e o 1º Deccor de Timon.
Além disso, promotores de várias comarcas do estado também participam da ação, visando a cooperação e a coordenação entre diferentes regiões.
Véu de Maquiavel
O nome "Véu de Maquiavel" é uma referência ao renomado filósofo renascentista Maquiavel, conhecido por suas reflexões sobre engano e manipulação.
O nome da operação foi escolhido com a intenção de desvelar, por meio das buscas e apreensões, as artimanhas e a dissimulação em torno do suposto uso indevido de recursos parlamentares.