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Investigado na Operação Cerrado sacou mais de R$ 4 milhões, diz Gaeco

Conforme o titular do Gaeco, a quantia foi movimentada por um procurador da empresa, no período de 2017 a 2020.

20 de março de 2023 às 18:59
3 min de leitura

O promotor Cláudio Roberto Pereira Soeiro, titular doGrupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO-PI), revelou que apenas um dos investigados na “Operação Cerrado” sacou na boca do caixa um montante avaliado em R$ 4 milhões para dificultar as investigações do Ministério Público do Piauí. A operação mirou empresas, o prefeito de Uruçuí, Dr. Wagner Coelho, o secretário de finanças, Elano Coelho.

Conforme o titular do Gaeco, a quantia foi movimentada por um procurador da empresa que trabalha com o setor de coleta de lixo, no período de 2017 a 2020. Ainda de acordo com o promotor, o dinheiro que era sacado ia para o bolso de gestores e empresários.

Promotor Cláudio SoeiroFábio Wellington/Lupa1

“Ele era um procurador da empresa, no período de 2017 a 2020 sacou o dinheiro vivo na boca do caixa R$ 2.360.000 milhões. Em cada banco dava um nome diferente, um era saque de cartão, aí em outro banco o nome chama-se “retirada em espécie” que ele retirou R$ 1.700.000 milhão. Agora a gente vai aprofundar a investigação para tentar descobrir de fato qual é o valor que foi desviado”, afirmou o promotor.

Prefeito de Uruçuí Dr. Wagner.Foto: Reprodução/Facebook

Cláudio Soeiro explicou que as empresas existem, só que superfaturavam os contratos e depois pegavam o dinheiro e distribuíam entre empresários e gestores. “A empresa de fato existe, tem funcionários, a questão é o sobrepreço é uma forma de desviar o recursos público. Legitima o contrato com a empresa, só que o contrato era no valor mais caro, ela tem o valor que vai fazer o serviço e aquilo que excede volta pra ele. Em uma das casas de um dos alvos de hoje, apreendemos aproximadamente 700 e poucos mil em cheques e 132.000 em dinheiro vivo”, finalizou.

Operação Cerrado

A investigação da Operação Cerrados aponta a existência de uma associação criminosa visando o desvio de recursos públicos do Município de Uruçuí, o qual era executado com o direcionamento de licitações à determinada empresa utilizada pela organização criminosa, seguido de sua contratação com sobrepreço pelo gestor municipal.

Operação Cerrados.Foto: Ascom/MPT-PI

Após o pagamento da empresa, parte do recurso público era remetido, diretamente ou por meio de pessoas interpostas, para as contas bancárias dos empresários, políticos e seus familiares, bem como de empresas ligadas a eles.

Participaram diretamente da execução da operação Promotores de Justiça do Estado do Piauí, Delegados e Agentes da Polícia Civil, equipes da Polícia Militar, servidores do Ministério Público Estadual e auditores do TCE-PI, em ação integrada com o GAECO do MPMA. Os mandados foram cumpridos nos Municípios de Uruçuí, Teresina, Timon e Balsas no Maranhão.

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