O calor é um grande perigo na Terra, causando mais mortes do que qualquer outro desastre natural. O verão passado no Hemisfério Norte viu várias ondas de calor severas atingindo a Europa, resultando em dezenas de milhares de mortes adicionais.
Além disso, o número de mortes em países em desenvolvimento provavelmente é subestimado, o que significa que mais pessoas podem ter morrido devido ao calor extremo sem registro. E a situação pode piorar. Os cientistas acreditam que o pior ainda está por vir e precisamos nos preparar.
A temperatura média da Terra está agora no seu ponto mais alto desde que começaram os registros históricos, provavelmente a mais alta desde a última era glacial. As recentes ondas de calor são evidências claras do aquecimento global, mais do que outros impactos das mudanças climáticas, como inundações ou secas. E esse padrão provavelmente continuará até que alcancemos emissões líquidas zero.
Uma forma científica de medir ondas de calor é através da temperatura de bulbo úmido, que indica a capacidade de resfriamento por evaporação. A maioria das áreas do mundo nunca vê bulbos úmidos acima de 30°C, tornando 35°C extremo.
Entretanto, com o aquecimento global em alta, muitas áreas podem experimentar bulbos úmidos acima de 35°C. Isso desafia a ideia de que os humanos podem se adaptar a qualquer aumento de calor. Essa medida é usada por meteorologistas para calcular o estresse térmico no corpo humano.
Um estudo recente nos Estados Unidos descobriu que pessoas jovens e saudáveis expostas a condições muito quentes desse tipo começaram a sofrer de hipertermia, que é a incapacidade de regular a temperatura corporal central. Mesmo em países tropicais, o calor extremo é uma grande preocupação.
Os pesquisadores acreditam que o calor nos obrigará a mudar nossos hábitos de vida. Atividades ao ar livre no verão terão que ser realizadas à noite ou evitadas completamente.