“Carros sem emissões e trânsito sem congestionamento nem acidentes” essa é a aposta da General Motors e da Cruise. De acordo com as CEO destas empresas, que se manifestaram no festival de tecnologia e inovação South by Southwest (SXSW), há um panorama otimista para o desenvolvimento dos carros autônomos.
Ainda que pareça uma ideia futurista, a possibilidade de ter carros que não precisam de motoristas está cada vez mais próxima de se tornar realidade, importantes empresas como Mercedes Benz, Uber e Google já estão desenvolvendo este tipo de veículos para realizar delivery e para transportar passageiros e colocando-os em funcionamento em alguns países como os Estados Unidos, Japão e a China.
Mas a marca de referência neste âmbito é a Tesla. No Brasil existem algumas unidades desta marca, porém são importadas, nenhum veículo autônomo que circula nas ruas é de fabricação nacional. No momento, só há projetos para o desenvolvimento e a fabricação de carros deste tipo. Por exemplo, na FIAP (Faculdade de Informática e Administração Paulista), alunos de engenharia mecatrônica têm um programa de automação para veículos que circulam em ambientes controlados.
Para que um veículo funcione de forma autónoma é fundamental o monitoramento do ambiente e a automatização dos movimentos do veículo. Isto se faz por meio dos sensores de distância e das câmeras instaladas que captam a informação do espaço pelo qual está circulando e, logo, fazem o processamento desses dados por meio da inteligência artificial, machine learning, deep learning, etc.
Apesar da tecnologia utilizada ser a mesma para levar um veículo autônomo de um circuito controlado e seguro para que circule nas ruas é preciso de vários testes e ótimas calibrações do sistema, e para que isto ocorra, ainda é necessário dedicar muito tempo de trabalho e investigação.
Os carros autônomos prometem trazer mais segurança ao trânsito e resolver diversos problemas atuais, como os acidentes, por exemplo. Como o sistema prioriza a segurança das pessoas, toma as decisões visando a proteção, tanto dos passageiros como também dos pedestres; bom motivo para que os seguros de carro com coberturas para acidentes sejam mais econômicos.
No entanto, novos inconvenientes surgem, por exemplo, os relacionados à conexão. O sistema precisa processar os dados que recolhe ao se locomover, para isto precisa comparar as imagens captadas com os dados que têm armazenados na nuvem, se não houver uma boa conexão o carro poderá parar, pois não sabe o que fazer ao não ter as informações necessárias para tomar as decisões.
Outro considerável inconveniente que podem ter os carros autônomos são os ataques cibernéticos, pois os criminosos podem procurar invadir o sistema e sequestrar o veículo.