Pai e irmão da deputada maranhense Viviane Coelho são alvos de mandados busca e apreensão

Eles são apontados como lideres de organização criminosa responsável por desviar mais de R$ 1 Mi de recursos públicos.

As casas do pai e do irmão da deputada e primeira-dama do município de Balsas-MA, Viviane Coelho (PDT-MA), foram alvos de mandados de busca e apreensão na manhã desta segunda-feira (20), nas cidades de Balsas-MA e Uruçuí-PI.

 

Elano Coelho, Viviane Coelho e Wagner CoelhoColagem: Mikeias di Mattos / Lupa1

O pai, Wagner Coelho, e o irmão, Elano Coelho, prefeito e secretário de finanças do município de Uruçuí-Pi, respectivamente, são apontados como líderes de grupo criminoso responsável pelo desvio de recursos públicos da prefeitura daquele município.

 

Prefeito de Uruçuí Dr. Wagner.Foto: Reprodução/Facebook

Os mandados foram executados por determinação do desembargador Erivan José da Silva Lopes, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí, no âmbito da “Operação Cerrados”, que também cumpriu mandados nas cidades de Uruçuí e Teresina, no Piauí.

Elano Coelho, irmão da deputara Viviane Coelho (PDT-MA),  já foi preso por suspeitas de desvios de verbas públicas no município maranhense de Nova Colinas, em 2016, quando era prefeito da cidade.

 

Elano Coelho, alvo do GAECOReprodução

Família envolvida

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), os beneficiados pelo esquema criminoso são familiares, políticos, servidores públicos, empresas com atuação no município e seus sócios-proprietários.

 

Operação Cerrados.Foto: Ascom/MPT-PI

Rombo milionário

De acordo com o promotor Cláudio Soeiro, coordenador do GAECO, o rombo nos cofres da prefeitura de Uruçuí pode passar de R$ 1 milhão (um milhão de reais), desviados pelo grupo criminoso.

Entenda mais

A investigação da Operação Cerrados aponta a existência de uma associação criminosa visando o desvio de recursos públicos do Município de Uruçuí, o qual era executado com o direcionamento de licitações à determinada empresa utilizada pela organização criminosa, seguido de sua contratação com sobrepreço pelo gestor municipal.

 

Operação Cerrados.Foto: Ascom/MPT-PI

Após o pagamento da empresa, parte do recurso público era remetido, diretamente ou por meio de pessoas interpostas, para as contas bancárias dos empresários, políticos e seus familiares, bem como de empresas ligadas a eles.

Participaram diretamente da execução da operação Promotores de Justiça do Estado do Piauí, Delegados e Agentes da Polícia Civil, equipes da Polícia Militar, servidores do Ministério Público Estadual e auditores do TCE-PI, em ação integrada com o GAECO do MPMA. Os mandados foram cumpridos nos Municípios de Uruçuí, Teresina, Timon e Balsas no Maranhão.