O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (SINDSERM) decidiu, nesta quarta-feira (19), encerrar a greve dos professores municipais da capital, que já durava três dias. A decisão veio após a Câmara Municipal aprovar, em caráter de urgência, um reajuste linear de 6,5% para a categoria.
No plenário, o reajuste encaminhado pela gestão municipal foi aprovado, apesar dos protestos de alguns profissionais, que reivindicavam um aumento de 22,07%.
Segundo o vereador Bruno Vilarinho (PRD), representante da gestão municipal na Câmara, o aumento aprovado é o máximo que as finanças da prefeitura podem suportar atualmente. A administração alega que não pode conceder o reajuste solicitado pelos profissionais devido à necessidade de manter a responsabilidade fiscal.
Possibilidade de nova greve
De acordo com o SINDSERM, diante das “inúmeras dificuldades” para manter a greve, os profissionais votaram pela suspensão das paralisações. No entanto, o sindicato alerta que, caso não haja avanços nas negociações, uma nova greve poderá ser deflagrada no segundo semestre letivo.
“Ao mesmo tempo em que prosseguimos provocando os órgãos de controle, as mobilizações para propor o retorno do movimento paredista continuam, tendo como referência o início do segundo semestre letivo, caso não haja avanço nas negociações”, informou o SINDSERM.
O sindicato também anunciou que entrará com uma representação no Tribunal de Contas do Estado para pressionar o prefeito Silvio Mendes (União Brasil) a aumentar o reajuste em mais 15,57%, atingindo os 22% reivindicados pela categoria.
"Para cumprir o que está determinado na legislação federal, na legislação municipal e no Acórdão 219/2023 do Tribunal de Contas do Estado do Piauí, ainda faltam 15,57% de reajuste na tabela de vencimentos dos profissionais da Educação de Teresina", declarou o Sindicato.