MP Eleitoral recomenda manter prisão de Tatiana Medeiros: TSE aguarda decisão de Nunes

Ministério Público Eleitoral rejeita pedido de liberdade de Tatiana Medeiros; decisão do TSE ainda está pendente.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) se posicionou contra o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa da vereadora Tatiana Teixeira Medeiros (PSB), de Teresina. 

 

Vereadora eleita Tatiana Medeiros - Foto: Reprodução

O parecer, assinado pelo vice-procurador-geral eleitoral Alexandre Espinosa Bravo Barbosa, foi emitido após solicitação do ministro Kassio Nunes Marques, relator do caso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Tatiana segue presa preventivamente desde abril, acusada de liderar um esquema de compra de votos com uso de verbas públicas, investigado pela Operação Escudo Eleitoral. A decisão final sobre a soltura da vereadora ainda não foi proferida, mas o parecer da PGE — contrário à liberdade — deve pesar na análise do TSE.

Esquema envolvia dinheiro público, familiares e ligação com facção

Segundo a investigação, a vereadora usava a ONG Instituto Vamos Juntos como fachada para cooptar eleitores. O esquema teria movimentado quase R$ 10 milhões, com repasses de R$ 100 por voto feitos via PIX. 

Tatiana também é apontada como ligada a Alandilson Cardoso Passos, investigado por integrar a facção Bonde dos 40.

Na residência e no escritório da parlamentar foram apreendidos R$ 97 mil em espécie, parte escondida no forro. A denúncia do Ministério Público abrange crimes de organização criminosa, corrupção eleitoral (103 atos), peculato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, com pedido de perda de mandato e multa de R$ 2 milhões.

O que diz o parecer da PGE

O parecer da Procuradoria-Geral Eleitoral é taxativo ao defender a manutenção da prisão. 

Veja os principais pontos destacados pelo vice-procurador Alexandre Espinosa:

“A prisão preventiva é medida legítima diante de elementos concretos que apontam risco à ordem pública e à instrução criminal”, afirma o parecer.

Próximos passos

Com o parecer já entregue, a decisão agora cabe ao ministro Kassio Nunes Marques, que ainda não se pronunciou. O desfecho é aguardado nos próximos dias.

Confira o documento na integra:

0600052-63.2025.6.18.0000.pdf