As capitais do Nordeste têm demonstrado um avanço notável no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), um estudo que avalia o desenvolvimento socioeconômico dos municípios brasileiros em três áreas cruciais: Emprego & Renda, Saúde e Educação. Enquanto a região como um todo busca superar as desigualdades, Teresina se destaca como um exemplo de progresso consistente.
O que é o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM)?
O IFDM, criado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), é uma ferramenta essencial para medir a qualidade de vida nos municípios. Ele atribui uma pontuação de 0 a 1, onde valores mais próximos de 1 indicam maior desenvolvimento. Os municípios são classificados em quatro níveis: crítico (0 a 0,4), baixo (0,4 a 0,6), moderado (0,6 a 0,8) e alto (0,8 a 1,0). A metodologia do IFDM foi atualizada em 2025, com base em dados de 2023, para oferecer uma visão mais precisa da realidade brasileira, considerando a ação conjunta das esferas de governo.
Teresina: a segunda capital mais desenvolvida do Nordeste
No cenário nordestino, Teresina, capital do Piauí, alcançou uma posição de grande destaque. Com um IFDM de 0,7242 em 2023, a cidade se firmou como a segunda capital mais desenvolvida da região, ficando atrás apenas de Fortaleza (0,7389). Esse resultado coloca Teresina na faixa de desenvolvimento moderado, indicando um progresso sólido e contínuo em suas áreas fundamentais.
A ascensão de Teresina não é um fenômeno recente. A capital piauiense tem demonstrado melhorias significativas em seu índice entre 2013 e 2023, assim como Salvador. Em 2018, Teresina já havia se destacado como a quarta capital mais desenvolvida do Brasil, sendo a única do Nordeste entre as 10 primeiras, impulsionada por bons resultados no indicador de emprego e renda.
A segunda posição de Teresina no Nordeste reflete um esforço contínuo em áreas como educação, saúde e emprego e renda. Embora o estudo não detalhe os indicadores específicos de Teresina para 2023, a sua colocação sugere um desempenho equilibrado e positivo nos três pilares avaliados pelo IFDM.
O panorama geral e os desafios
Apesar dos avanços de Teresina e Fortaleza, o Nordeste ainda enfrenta desafios consideráveis. A região concentra 60% dos municípios com menor desenvolvimento do país, e nenhuma capital nordestina atingiu o nível de alto desenvolvimento no IFDM 2025. Isso reforça a necessidade de políticas públicas mais eficazes para reduzir as disparidades e promover um crescimento mais equitativo.
O fato de a maioria das capitais nordestinas, incluindo Teresina, estar na faixa moderada de desenvolvimento, aponta para um caminho a ser percorrido para alcançar patamares mais elevados. O avanço de Teresina é um sinal positivo e um exemplo de que, com investimentos e gestão focada, é possível impulsionar o desenvolvimento socioeconômico e melhorar a qualidade de vida da população.