Presidente da Arsete, Edson Melo, considera CPI da Águas de Teresina inoportuna

Comissão para investigar ações da empresa é proposta pelo vereador Petrus Evelyn (Progressistas).

O presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos de Teresina (Arsete), ex-vereador Edson Melo (União Brasil), afirmou em entrevista à coluna que considera inoportuna a CPI proposta pelo vereador Petrus Evelyn (Progressistas) para investigar as recentes operações da Águas de Teresina. Edson defende que, para tratar desse caso, uma audiência pública seria mais apropriada.

 

Vereador Edson Melo considera que o PSDB chegou ao fim em Teresina (Foto: Andressa Martins/Lupa1)

“Eu não acho conveniente, eu acho inoportuna a CPI neste momento. Eu acho que isso deve ser precedido por outras medidas e até propriamente por uma audiência pública”, disse.

O curioso é que a CPI é uma proposição de um vereador da base de Sílvio Mendes (União Brasil). O projeto também é subscrito por outros aliados de primeira hora do prefeito, como Samantha Cavalca (Progressistas) e Pedro Alcântara (Progressistas), e parece ser uma unanimidade na Câmara Municipal. No entanto, o presidente do órgão responsável pela regulação da empresa considera, em outras palavras, desnecessária uma investigação dessa proporção no momento.

Contrassenso no PP

O Progressistas protagonizou, na primeira sessão ordinária do ano, uma situação um tanto inesperada. Na hora de decidir o líder do partido, houve dois postulantes — dos três vereadores da bancada — Pedro Alcântara e Samantha Cavalca.

 

Vereadores do PP: Petrus Evelyn, Pedro Alcântara e Samantha Cavalca.

A princípio, Pedro afirmou que um segundo ofício chegaria à Câmara comunicando que ele deveria ser o líder. No entanto, a mesa diretora só contava com o primeiro ofício, que sugeria Samantha Cavalca. Na falta de consenso, o presidente Enzo Samuel (PDT) decidiu que o vereador mais votado do partido escolheria o líder, e esse vereador era Petrus Evelyn, que optou por Samantha.

O Progressistas ainda viu a dissolução do bloco dos partidos que votaram em Silvio Mendes — União Brasil, Progressistas e Republicanos — e acabou ficando sozinho, não conseguindo sequer indicar membros para as principais comissões da casa. Samantha comparou a relação a um casamento que chegou prematuramente ao divórcio.

 

Samantha Cavalca - Foto: Laura Cardoso/ Lupa1

“Isso é o que pode acontecer em qualquer relacionamento. As pessoas às vezes têm divergências, é como um casamento: quando há divergência, tem que pedir o divórcio. Eu sou conciliadora, vou lá, tento a conversa, vou até para a terapia de casal, mas às vezes a pessoa não quer se conciliar. Então, decidimos que, mesmo pagando as penalidades, o Progressistas segue sozinho”, explicou Samantha.

Samantha deu o voto de minerva para a eleição de Joaquim do Arroz na Comissão de Finanças. Com Joaquim, disputavam a vaga os vereadores Luís André (PL) e Zé Neto (MDB).

Rafaboys na área

Em recente entrevista, o Secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, disse não descartar uma eventual candidatura a vice-governador em 2026. O secretário já havia informado, há alguns meses, a este jornalista que, em sua opinião, a candidatura proporcional estava descartada, mas a majoritária era outra história.

Foi exatamente o que confirmou o secretário de Governo, Marcelo Nolleto, em entrevista exclusiva à repórter correspondente da TV Lupa1 em Brasília, Fernanda Duarte. Nolleto afirmou que secretários não serão candidatos a “cargos legislativos”, o que não ocorre para mandatos de senador e vice-governador.